O que têm em comum um antigo piloto da TAP, um ex-dono de uma agência de comunicação, um gestor que foi diretor-geral de uma multinacional de tecnologia em Portugal e um outro que é especialista em ferrovia ? A resposta é: Paulo Soares, Artur Aguirre Mendes, Carlos Brazão e Alberto Castanho Ribeiro estão os quatro ligados ao projeto de construção de um aeroporto internacional em Santarém, um episódio novo no longo folhetim de localizações de uma nova infraestrutura aeroportuária para servir Lisboa.

A hipótese ganhou notoriedade pública a 19 de agosto, através do Expresso. O semanário noticiou então existirem privados a quererem construir um aeroporto em Santarém com um investimento inferior a mil milhões de euros. Na passada terça-feira, o Negócios revelou que a empresa Magellan 500, ligada a Carlos Brazão, um antigo quadro da multinacional Cisco, era a cara do projeto. Mas o gestor não é o único promotor desta localização.

Na quinta-feira, após a reunião de Conselho de Ministros, Pedro Nuno Santos, titular da pasta das Infraestruturas, anunciou que a comissão técnica criada pelo Governo para estudar o novo aeroporto de Lisboa terá cinco opções como ponto de partida. São elas: 1) Humberto Delgado como aeroporto internacional, Montijo como complementar; 2) Montijo como principal e Humberto Delgado como complementar; 3) Alcochete em substituição do Humberto Delgado; 4) Humberto Delgado principal e Santarém complementar; 5) Santarém para substituir o Humberto Delgado. Todavia, Pedro Nuno Santos acrescentou que a comissão "terá liberdade e autonomia para estudar outras opções".

Mas quem  são os promotores do aeroporto em Santarém, que puseram  esta localização no mapa?