Davos: Ministro da Economia abre caminho a empresas portuguesas em África
Mais de 640 milhões de africanos não têm acesso a energia. África tem assim a taxa mais baixa de acesso à electricidade em todo o mundo.
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Para levar electricidade a mais pessoas, e assim promover o desenvolvimento social e económico, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) tem um ambicioso plano de investimento em energia.
São 11,2 mil milhões de euros que a instituição tem para investir nos próximos cinco anos tanto na produção de electricidade, com a instalação de 160 gigawatts (GW) de nova capacidade, como no transporte de energia.
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O Governo português quer colocar empresas portuguesas a participar nesta avalanche de investimentos. Presente em Davos, o ministro da Economia revela que fez contactos ao mais alto nível para colocar as empresas nacionais na linha da frente.
"Estive com o presidente do Banco Africano para o Desenvolvimento [Akinwumi Adesina] que está neste momento com um programa muito importante de investimento na área de energia em África", começou por contar Manuel Caldeira Cabral.
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"E estamos exactamente a trabalhar para que as empresas portuguesas sejam incluídas e tenham um papel importante nesses investimentos que o BAD quer que mudem África. Para o Governo, a prioridade é que as empresas portuguesas, que tenham muita competência e capacidade nesta área, participem nestes processos", disse o ministro da Economia ao Negócios a partir de Davos.
Caldeira Cabral está presente pelo segundo ano consecutivo no Fórum Económico Mundial, e vai ser orador em três eventos nos dias 18 e 19 de Janeiro, incluindo num evento onde vão estar presentes vários líderes empresariais de África e da América Latina.
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Sobre a capacidade das empresas nacionais, o ministro sublinha que "há várias empresas portuguesas que têm projectos de infra-estruturas em África e que a área de energia é uma área para a qual estão muito bem preparadas", apontando projectos em Angola e Moçambique.
"Queremos que estes processos se concretizem, mas também que as empresas de um país líder em energias renováveis tenham a sua presença e assegurem que uma parte desses contratos vão para empresas portuguesas", defendeu o ministro.
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Caldeira Cabral reforçou que as empresas portuguesas têm "muita capacidade e conhecimento do mercado" e que podem aproveitar estes novos investimentos em África para "diversificarem os mercados africanos em que actuam para terem mais oportunidades".
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