Investidores europeus vão processar Petrobras
Um dos maiores fundos de pensões da Europa anunciou esta segunda-feira, 6 de Abril, que vai processar a Petrobras, seguindo o exemplo de investidores norte-americanos que já instauraram processos contra a petrolífera brasileira, avança o Financial Times.
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A acção será levada a cabo pelo AP1, o maior fundo de pensões da Suécia, que alega que a Petrobras não revelou nos seus balanços a real situação da empresa e sobrevalorizou os seus activos.
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O AP1, um fundo de pensões de 30 mil milhões de dólares, mantinha, até Dezembro, 3,7 milhões em activos da Petrobras. Contudo, se os investidores norte-americanos se uniram para lançar um processo nos tribunais contra a empresa, os suecos anunciam que vão abrir um caso separado.
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"Temos a intenção de ter o nosso próprio processo contra a empresa", declarou um porta-voz do fundo ao Financial Times.
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De acordo com a mesma publicação, "dezenas de fundos" abriram processos contra a Petrobras desde Dezembro. Em Fevereiro, foram consolidados numa única acção, liderada pelo USS, um fundo de pensões do Reino Unido, que terá perdido 84 milhões de dólares com a turbulência na Petrobras.
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A empresa brasileira está envolvida numa investigação – conhecida por Lava Jato - que visa determinar até que ponto é que alguns executivos e políticos ligados à petrolífera exigiram pagamentos a construtoras em troca da atribuição de contratos.
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Segundo as acusações, vários fornecedores da Petrobras terão pago subornos a executivos e a políticos da coligação governamental liderada pelo Partido Trabalhista da presidente Dilma Roussef, de forma a conseguirem contratos no valor de milhares de milhões de dólares. O PT tem, no entanto, refutado todas as acusações.
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No início de Fevereiro, a presidente executiva da Petrobras, Graça Foster, e cinco administradores da empresa, apresentaram a sua demissão.
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Pelo menos cinco empresas envolvidas na Operação Lava Jato ou listadas pela Petrobras em formação de cartel somam já 15 mil milhões de reais (cerca de 4,36 mil milhões de euros) em reestruturação de dívidas. Segundo o Estadão, esse valor pode praticamente duplicar com a expectativa de que, em breve, a Schahin Óleo e Gás (com uma dívida de 4 mil milhões de euros) também peça recuperação judicial.
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As acções da petrolífera brasileira têm sido fortemente penalizadas desde Novembro do ano passado. Em 2014, acumularam uma desvalorização de 43%. Este ano, já conseguiu recuperar 6%.
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