Portugal e Espanha já enviaram a Bruxelas proposta para pacto ibérico

Depois de semanas de afinações técnicas, Madrid e Lisboa terão enviado esta quinta-feira para Bruxelas proposta de mecanismo para limitar os preços do gás utilizado para a produção de eletricidade.
sanchez e costa
Ballesteros
Marta Velho 06 de Maio de 2022 às 14:27

A proposta de Portugal e Espanha para a criação de um mecanismo que limite a subida dos preços do gás foi esta quinta-feira à tarde enviada para Bruxelas. A informação foi adiantada pelo primeiro-ministro espanhol.

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"Ontem à tarde, depois de semanas de negociações técnicas, Espanha e Portugal enviaram para Bruxelas a sua proposta conjunta de mecanismo para limitar os preços", indicou Pedro Sánchez, numa conferência esta sexta-feira em Barcelona, citado pela Bloomberg.

O líder espanhol avançou ainda que os dois países esperam agora uma rápida aprovação da Comissão Europeia para começar o processo, de modo a limitar o impacto da subida dos preços das matérias-primas nas famílias e empresas.

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Entretanto o organismo liderado por Ursula von der Leyen confirmou à agência Lusa a receção da proposta. "A Comissão recebeu agora informações das autoridades espanholas e portuguesas, que irá avaliar o mais rapidamente possível. Com base nas informações fornecidas por Espanha e Portugal, os contactos prosseguirão a nível técnico", indicou fonte oficial do executivo comunitário.

No início da semana, à margem do Conselho Europeu extraordinário sobre energia, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, confirmou que Portugal estava totalmente "focado na exceção ibérica que foi dada pela União Europeia" para estabelecer um preço máximo de 50 euros por MWh para o gás natural usado para produzir eletricidade.

A demora na entrega do documento ter-se-á devido a pequenas afinações técnicas. O mecanismo em causa permite que no mercado grossista ibérico seja colocado um preço máximo no preço do gás natural usado para produzir eletricidade. 

No final de março, Madrid e Lisboa conseguiram o aval dos parceiros europeus para o já chamado pacto ibérico, ao conseguirem provar ser "uma ilha energética", recebendo da interligação com França menos de 3% da sua energia e estando, por isso, mais expostos às variações drásticas dos mercados energéticos, acentuadas pela invasão militar da Ucrânia.

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A demora na entrega do documento ter-se-á devido a pequenas afinações técnicas. O mecanismo em causa permite que no mercado grossista ibérico seja colocado um preço máximo no preço do gás natural usado para produzir eletricidade. 

Notícia atualizada com a confirmação da Comissão Europeia

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