Angola só vai retomar a produção de gás natural liquefeito (LNG) em meados de 2015. O projecto Angola LNG registou, em Abril deste ano, uma fuga de gás numa conduta, situação que poderia ter assumido maior gravidade caso tivesse havido uma fonte de ignição. Esta paragem da produção foi noticiada esta sexta-feira, 30 de Maio de 2014, pelo semanário angolano O País. O projecto Angola LNG está implantado no Soyo, no norte do país, e é liderado pela Chevron.

Na sequência deste problema técnico concluiu-se que existem erros no projecto que estão relacionados com o "próprio desenho da fábrica", de acordo com fontes citadas pelo O País. Esta responsabilidade recai sobre a empresa Betchel, com a qual o consórcio Angola LNG assinou um contrato de oito mil milhões de dólares (5,8 mil milhões de euros), para que a primeira desenvolvesse os trabalhos de engenharia e construção de unidades de gás liquefeito, envolvendo o fornecimento de unidades flutuantes de armazenamento, condutas para a fábrica e tanques de armazenamento. 

Logo após o acidente registado na fábrica do Soyo, a 10 de Abril, um porta-voz da Chevron disse à Reuters que o Angola LNG iria proceder a um adiamento para permitir que a sua contratada Bechtel pudesse os aspectos ligados ao incidente e, em paralelo, "resolver os problemas relacionados com a capacidade da fábrica".

O projecto Angola LNG representa o maior investimento de sempre realizado em Angola, cerca 10 mil milhões de dólares (7,3 mil milhões de euros). A fábrica, com uma capacidade instalada para produzir 5,2 milhões de toneladas por ano e armazenar 360.000 m3 gás natural liquefeito. Angola fez a sua primeira exportação de gás natural em Junho de 2013, para o Brasil. Agora o projecto Angola LNG fica parado.