As altas temperaturas fizeram o consumo de energia elétrica subir 3,4% em agosto. Os dados são da REN – Redes Energéticas Nacionais que em comunicado escreve que “o consumo de energia elétrica, impulsionado pelas temperaturas acima dos valores normais que se fizeram sentir, cresceu 3,4% em agosto, face ao mês homólogo do ano anterior”.

Já no conjunto dos primeiros oito meses do ano, a evolução foi de 2,5% face ao mesmo período do ano passado.

No lado da produção “as condições meteorológicas registadas conduziram a regimes inferiores aos valores médios, tanto para a produção fotovoltaica como para a eólica, com os índices respetivos a situarem-se em 0,90 e 0,94, abaixo da média histórica de 1”.

Já no que diz respeito à produção hidráulica, “embora as afluências tenham sido superiores ao regime médio, são valores pouco significativos por se tratar do período de verão”.

Em agosto, 54% do consumo foi abastecido pela produção renovável. A produção não renovável foi responsável por 17%. A importação de energia abasteceu os restantes 29%.

Na análise do conjunto dos primeiros oito meses do ano, “a produção renovável forneceu 71% do consumo, repartidos pela hidroelétrica com 30%, eólica com 24%, fotovoltaica com 12% e biomassa com 5%. A produção a gás natural abasteceu 14% do consumo enquanto os restantes 15% corresponderam ao saldo importador”, informa a gestora das redes.

Gás cresce 12%

No mercado de gás natural, em agosto “o consumo total registou uma variação homóloga de 17%, apesar da quebra de 13% no segmento convencional”.

O terminal de Gás Natural Liquefeito de Sines continuou a ser responsável pela quase integralidade do abastecimento nacional do consumo de gás, “enquanto a interligação com Espanha registou novamente um saldo exportador, equivalente a cerca de 11% do consumo nacional”.

Entre janeiro e agosto, o consumo de gás aumentou cerca de 12%, com uma subida de 135% no segmento de produção de energia elétrica e uma diminuição de 9% no segmento convencional.