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EDP "não deixará de defender os seus interesses" na venda das barragens

Ministério Público concluiu pela inexistência de indícios de fraude fiscal ou prática abusiva na operação realizada em 2020

Barragens
Barragens Paulo Duarte
13:32

A EDP afirmou esta quarta-feira que a decisão do Ministério Público de arquivar o processo-crime relacionado com a venda do seu portefólio de centrais hidroelétricas “não constitui uma surpresa”, sublinhando que toda a operação “foi conduzida em conformidade com a lei e com os padrões de mercado”, contudo não deixará de defender os seus interesses.

A elétrica salienta que o Ministério Público concluiu pela inexistência de indícios da prática de crime de fraude fiscal ou de qualquer prática fiscalmente abusiva. “A transação foi realizada pela única forma que permitia garantir a continuidade das operações e a manutenção de todos os compromissos necessários para o normal funcionamento do portefólio em questão”, explica a empresa, referindo-se à cisão e subsequente venda de uma empresa.

A operação em causa consistiu na venda de seis centrais hidroelétricas no Douro à Movhera — consórcio liderado pela Engie — num negócio avaliado em cerca de 2,2 mil milhões de euros. O processo viria posteriormente a ser investigado pelas autoridades fiscais e pelo Ministério Público.

Na semana passada foi conhecido o despacho do Ministério Público que arquivou a investigação, passando o processo para as mãos da Unidade dos Grandes Contribuintes (UGC) da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), que deverá avançar com as liquidações necessárias para reaver cerca de 335 milhões de euros de impostos em falta, acrescidos de juros. Não houve crime fiscal, mas a EDP e a Movhera vão mesmo ter de pagar impostos pela venda das seis barragens no Douro em 2020, seja IRC e Selo, no caso da EDP, seja IMT, no caso do grupo francês, enquanto comprador.

A EDP reforça que “cumpre escrupulosamente todas as suas obrigações, incluindo as fiscais”, e que a transação foi executada “ao abrigo do enquadramento fiscal vigente à data”. A empresa acrescenta ainda que “permanece disponível para colaborar com as autoridades, nomeadamente com a Autoridade Tributária, prestando todos os esclarecimentos necessários”, mas assegura que continuará “a defender os seus interesses e o seu entendimento da correta aplicação da lei tributária”.

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