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Gasolina vai sofrer a maior queda desde que a pandemia começou na próxima semana

Os preços de ambos os combustíveis vão cair a partir da próxima semana, numa altura em que o petróleo estava a registar o maior ciclo de perdas em 18 meses.

Combustíveis gasóleo gasolina
Combustíveis gasóleo gasolina Bloomberg
20 de Agosto de 2021 às 13:38

Os preços dos combustíveis deverão registar uma das maiores quedas semanais dos últimos meses a partir da próxima segunda-feira, dia 23 de agosto, depois de a cotação do petróleo ter registado o maior ciclo de perdas dos últimos 18 meses.

A gasolina simples 95 tem margem para uma desvalorização de 3 cêntimos por litro para os 1,647 euros, o que representará a maior queda desde que a pandemia da covid-19 se fez sentir no mercado petrolífero em todo o mundo, de acordo com os cálculos do Negócios.

Ainda assim, desde o início deste ano, o preço da gasolina subiu 23 cêntimos por litro, já a contar com a perda da próxima semana, ou cerca de 17% face à última semana de dezembro do ano passado. Se o ano terminasse agora seria o maior aumento absoluto de preços desde 2017, ano em que este ativo escalou 41 cêntimos em Portugal.

Quanto ao gasóleo simples, existem margem para uma queda de cerca de 1,5 cêntimos por litro para os 1,428 euros o que, a verificar-se, será a maior perda semanal desde setembro do ano passado. Este ano, o preço deste combustível subiu 16 cêntimos ou 13%.

A justificar esta oscilação de preços estará a queda registada na cotação internacional do petróleo, que até ao dia de ontem registava a maior sequência de quedas desde fevereiro do ano passado. Hoje, tanto o valor do Brent, a referência para Portugal, como o do norte-americano WTI (West Texas Intermediate) estão a recuperar algum fôlego. 

Em causa esteve o avanço da covid-19 em várias regiões do mundo, como no continente asiático, e que colocou pressão sobre a procura por esta matéria-prima. A acrescentar pressão estiveram as atas da Reserva Federal dos EUA, divulgadas esta semana, que mostraram que o banco central pretende começar a cortar estímulos ainda este ano, algo que levou as bolsas mundiais para o "vermelho".

Os cálculos têm por base a evolução destes dois derivados do petróleo (gasóleo e gasolina) e do euro. Mas o custo dos combustíveis na bomba dependerá sempre de cada posto de abastecimento, da marca e da zona onde se encontra.

Os novos preços têm em conta as variações calculadas pelo Negócios face ao preço médio praticado em Portugal esta semana e anunciado pela Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG). 

Os cálculos do Negócios têm por base contratos diferentes dos seguidos pelas petrolíferas (ainda que a evolução costume ser semelhante), sendo que os dados disponíveis para o Negócios só estão disponíveis até quinta-feira (faltando um dia de negociação).
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