Mesmo sem ter ainda o relatório dos peritos sobre o apagão de 28 de abril, que deixou Portugal e Espanha sem luz durante quase 12 horas, o Governo decidiu avançar com um pacote de reforço da resiliência da rede nacional. São, ao todo, 400 milhões de euros. É um investimento que funciona como um "seguro" que será pago pelos consumidores, mas com um custo marginal.

Na apresentação do Pacote de Medidas para Reforçar a Segurança do Sistema Elétrico Nacional, Maria da Graça Carvalho afirmou que este pacote vai ter impacto na fatura dos consumidores. Contudo, esse "impacto é residual", assegurou a ministra do Ambiente e Energia.

"Por cada 25 euros [na fatura da eletricidade], o impacto é de um cêntimo", contabilizou a responsável da pasta, salientando que se trata de um custo adicional de 0,04% face ao valor pago até agora pelos consumidores.

A ministra diz que este é um investimento necessário na rede. É um "seguro feito na rede enrgética", atirou. "Isto é um seguro, mas é um seguro muito acessível. Tem um preço muito baixo", enfatizou a responsável, depois de já ter sublinhado o adicional na fatura dos consumidores.

Para Maria da Graça Carvalho, este é um seguro que "vale a pena", tendo em conta a proteção adicional que trará à rede energética nacional. 

"Podíamos aumentar as medidas, mas iríamos pagar mais", disse. "Estas são as medidas suficientes para aumentarmos a segurança operacional da rede sem impacto significativo na tarifa" dos consumidores, rematou.