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Plano para evitar novo apagão vai ter um custo global de 400 milhões

Três meses depois do apagão ibérico, o Executivo avançou com um conjunto de 31 medidas para assegurar a segurança da rede energética nacional. Vão ser investidos 137 milhões de euros, havendo 25 milhões para infraestruturas críticas.

Maria da Graça Carvalho
Maria da Graça Carvalho Pedro Catarino
28 de Julho de 2025 às 12:09

O Governo aprovou um pacote de investimentos que, no global, terá um custo de cerca de 400 milhões de euros. Há 31 medidas para garantir a resiliência da rede energética, estando já aprovados 137 milhões de euros destinados a melhorar a capacidade de operação e controlo da rede elétrica. A este montante junta-se um valor de 25 milhões para melhorar a capacidade de resposta de infraestruturas críticas.

“Os nossos sistemas são globalmente seguros, resilientes e confiáveis”, afirmou Maria da Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia, na apresentação do Pacote de Medidas para Reforçar a Segurança do Sistema Elétrico Nacional. "O que aconteceu não foi causado por qualquer falha dos nossos sistemas”, mas levou o Executivo a agir para procurar evitar que haja uma repetição do apagão de 28 de abril.

Apesar de ainda estar a aguardar o relatório final sobre o apagão, Maria da Graça Carvalho diz que há ensinamentos a retirar, explicando que esses levaram o Governo a avançar já com um conjunto de 31 medidas. "No global, este pacote representa um investimento de 400 milhões de euros", refere a responsável da pasta.

Dentro destas medidas estão a duplicação das centrais a prestar o serviço de arranque autónomo do sistema, que passam de duas para quatro, mas há também um investimento de 137 milhões de euros “já previsto pela REN e aprovado pela ERSE. Acelerámos o processo” para que possa avançar já, diz.

Dentro dos 137 milhões há 72 milhões destinados a um compensador síncrono que visa a “regulação automática de tensão e alocação de massa girante – inércia – contribuindo para limitar a taxa de variação (RoCoF) e a amplitude dos desvios de frequência”.

Há ainda 55 milhões para dois STATCOMs para o “controlo automático e instantâneo da tensão através de uma regulação da potência reativa a absorver ou a injetar na RNT”. Por fim, 10 milhões são investidos em duas “reatâncias shunt” para o “controlo dos perfis de tensão na rede”.

Juntam-se aos 137 milhões um montante de 25 milhões “em apoios para melhorar a capacidade de resposta de infraestruturas críticas”. Essas infraestruturas são: “instalações de saúde, forças armadas, forças de segurança, proteção civil, bombeiros, entre outras”, que poderão contar com apoios para a “instalação de sistemas de painéis solares fotovoltaicos e sistemas de armazenamento”. Este dinheiro vem de fundos europeus.

No âmbito do Pacote de Medidas para Reforçar a Segurança do Sistema Elétrico Nacional, o Governo decidiu “lançar o mercado de serviços de sistema com base em armazenamento por baterias”. Na prossecução deste objetivo vai avançar com “um leilão para a contratação de, pelo menos, 750 MVA, até janeiro 2026”.

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