Produção de gás natural dos Estados Unidos abranda
A falta de gasodutos não está a permitir aos Estados Unidos manter o ritmo de crescimento. Em Appalachia, o aumento de produção caiu de 36% ao ano para 4%. Em Permian Shael, no Texas, a redução foi de 17% para 8%.
O maior produtor mundial - e segundo maior exportador (atrás da Rússia) - de gás natural, os Estados Unidos, está a abrandar o crescimento da produção da matéria-prima. Apesar do aumento na procura, com os países a tentar libertar-se da dependência russa, as infrastruturas desatualizadas não estão a permitir a Washington manter o ritmo.
A ETQ Corporation - empresa norte-americana de energia que gere a exploração de gás no país - indica que, em Appalachia, o maior centro de produção do país, responsável por 37% do gás nos EUA em 2021, a média de crescimento foi de 36% entre 2010 a 2019. Esse valor caiu para 4% em 2020 e 2021. Já em Permian Shael, no Texas - o segundo maior produtor, com uma fatia de 19%, - o crescimento abrandou de uma média de 17% ao ano, entre 2012 e 2020, para 8% em 2021. Na apresentação dos resultados, a ETQ afirmou que não espera regressar ao ritmo anterior enquanto não forem construídos mais gasodutos. Analistas do Bank of America, citados pela Reuters, indicam que Appalachia "está a aproximar-se do seu limite de capacidade", estimando haver "pouca ou nenhuma margem para um crescimento na produção". Já em Permian, os analistas indicam que só a construção de novas infrastruturas poderá impedir uma desaceleração significativa no próximo ano. Um dos fatores que poderá alterar o atual cenário de produção dos Estados Unidos é o retomar do projeto de Mountain Valley, na Virgínia, parado por questões judiciais, e com um investimento estimado de 6,2 mil milhões de dólares. Ainda assim, apesar das dificuldades estruturais, a invasão da Ucrânia fez os preços do gás norte-americano disparar à volta de 50%, batendo máximos de 14 anos e atirando o valor médio anual estimado para 2022 para os 4,24 dólares por mmBtu, o mais alto em oito anos.
Na apresentação dos resultados, a ETQ afirmou que não espera regressar ao ritmo anterior enquanto não forem construídos mais gasodutos. Analistas do Bank of America, citados pela Reuters, indicam que Appalachia "está a aproximar-se do seu limite de capacidade", estimando haver "pouca ou nenhuma margem para um crescimento na produção". Já em Permian, os analistas indicam que só a construção de novas infrastruturas poderá impedir uma desaceleração significativa no próximo ano.
Ainda assim, apesar das dificuldades estruturais, a invasão da Ucrânia fez os preços do gás norte-americano disparar à volta de 50%, batendo máximos de 14 anos e atirando o valor médio anual estimado para 2022 para os 4,24 dólares por mmBtu, o mais alto em oito anos.
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