AEP sobre a venda da Exponor: “Não dispomos de informação adicional que possa ser partilhada”
Terminado esta quinta-feira, 20 de novembro, o prazo para apresentação de propostas para comprar o património da Nexponor, gerido pela sociedade Insula Capital e do qual faz parte o parque de exposições da Exponor, a Cushman & Wakefield (C&W) garantiu ao Negócios que “foram recebidas diversas propostas de investidores nacionais e internacionais, em linha com o que antecipávamos e, em vários casos, superando as expectativas definidas em conjunto com a Insula Capital”.
“Estamos confiantes de que este processo terá um desfecho muito positivo para a cidade de Matosinhos, cuja conclusão prevemos para a primeira metade do próximo ano”, adiantou fonte oficial da consultora imobiliária, responsável pela comercialização da Exponor, sem identificar os investidores nem os valores das propostas.
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Inaugurada em 1987, a Exponor – Feira Internacional do Porto, que se apresenta como o maior recinto de feiras e eventos em Portugal, fez parte do plano de salvação da Associação Empresarial de Portugal (AEP), no âmbito de um Processo Especial de Revitalização PER) em 2013, quando acumulava um passivo a rondar os 100 milhões de euros.
Afogada em dívidas, a AEP avançou com um profundo plano de reestruturação, que envolveu a entrega da Exponor a um fundo imobiliário, o Nexponor, numa operação de conversão dos créditos da banca em unidades de participação.
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O fundo tinha um período de validade de 10 anos, já expirado, sendo que a AEP – que tem um contrato de arrendamento para explorar o parque até 2028 – queria voltar a ser dona do recinto, mas nunca chegou a acordo com a sociedade gestora do mesmo.
“A fase de receção de propostas termina ontem à meia-noite. A partir deste ponto, as propostas serão avaliadas, permitindo identificar quais seguem para a etapa vinculativa, por isso mesmo, neste momento, não dispomos de informação adicional que possa ser partilhada”, afirmou ao Negócios o presidente da AEP.
Contornando a questão sobre a participação da associação neste procedimento de compra e venda da Exponor, Luís Miguel Ribeiro considerou que “o que importa reiterar é que a AEP mantém o interesse e que o plano em curso contempla que a Exponor permaneça integrada na esfera da AEP, garantindo a continuidade da sua operação e, em cenário possível, a manutenção da propriedade”, sendo que, rematou, “é importante referir que este processo não coloca em causa a agenda de feiras e o normal funcionamento da Exponor”.
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Além do parque de exposições, que inclui os pavilhões de feiras, o centro de congressos, um edifício de serviços e parque de estacionamento, fazem parte do património da Nexponor dois lotes de terreno para promoção imobiliária, perfazendo uma área total de 180 mil metros quadrados, descreve a responsável pela comercialização dos ativos em regime de exclusividade.
A Nexponor apresentou à Câmara de Matosinhos um projeto de grande escala para a requalificação e expansão da Exponor, cujo Pedido de Informação Prévia (PIP) obteve aprovação em abril de 2024, encontrando-se atualmente em vigor.
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O plano prevê, para além da modernização do atual parque de exposições, a criação de um empreendimento de uso misto – integrando serviços, comércio, turismo e habitação – com uma área bruta de construção acima do solo de cerca de 177 mil metros quadrados.
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