Navigator dita queda de 34% nos lucros da Semapa até setembro
A Semapa fechou os primeiros nove meses deste ano com um resultado líquido de 120,5 milhões de euros, o que representa um recuo de 33,6% face aos 181,6 milhões apurados no mesmo período de 2024. As contas da holding foram penalizadas pela sua participada Navigator, cujo lucro atribuível a acionistas da Semapa recuou 52,8% para 77,1 milhões. Pelo contrário, a Secil contribuiu com 52,3 milhões, mais 30,7%.
Em comunicado à CMVM, o grupo liderado por Ricardo Pires revelou que o volume de negócios consolidado até setembro foi de 2.147 milhões de euros, crescendo 0,5% face período homólogo, com o aumento de 7,2% registado no negócio do cimento – para 564,1 milhões – assim como nos outros negócios - como a ETSA e a Triangle’s - a compensar a quebra de 5,1% apurada no da pasta e papel (para 1.489,3 milhões). O grupo salienta a variação positiva registada pela Secil "em todas as geografias" e o acréscimo de 123,4%, para 94,3 milhões, nos outros negócios, quer por via de crescimento orgânico quer pela incorporação da Barna na ETSA e a consolidação da Imedexa desde agosto. Desempenhos que compensaram a diminuição registada na Navigator decorrente da queda dos preços na pasta e papel,
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De acordo com a Semapa, as exportações e vendas no exterior ascenderam neste período a 1.621,5 milhões de euros, o que representa 75,5% do volume de negócios.
Nos primeiros nove meses o EBITDA totalizou 451,5 milhões, menos 17% face ao período homólogo de 2024, com 300,2 milhões sido gerados na Navigator, 140,4 milhões na Secil e 10,9 milhões nos outros negócios. A margem EBITDA consolidada atingiu 21%.
“O EBITDA foi impactado pela performance inferior à registada no período homólogo de 2024 da Navigator (menos 30,4%), a qual foi parcialmente compensada pela Secil (mais 18,4%) e pelos outros negócios (mais 188,8%), salienta a Semapa, acrescentando que no segmento do cimento a evolução positiva do EBITDA “resulta da contribuição de todas as geografias, mas sobretudo de Portugal e Brasil”.
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Até setembro o grupo revela que investiu um valor total de 413 milhões de euros, dos quais 189 milhões de euros em investimentos em novos negócios (participações financeiras). Entre outras aquisições, o grupo salienta a compra realizada em julho da Imedexa, empresa de desenho e fabrico de estruturas metálicas para infraestruturas de transmissão e distribuição de eletricidade por 148 milhões de euros. Em janeiro a ETSA tinha já adquirido a Barna por 33,5 milhões.
Já o investimento em ativos fixos ascendeu a 223 milhões de euros até setembro, ligeiramente acima do registado no período homólogo de 2024, dos quais 159,6 milhões relativos à Navigator e 49,9 milhões à Secil.
No final dos primeiros nove meses, a dívida líquida remunerada consolidada era de 1.336,7 milhões de euros, superior em 245 milhões à registada no final de 2024.
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