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Lucros da Sonae disparam para 43 milhões com vendas recorde até março

O grupo liderado por Cláudia Azevedo fechou os primeiros três meses deste ano com um resultado líquido homólogo superior em 77%, tendo as vendas aumentado 23% para mais de 2,5 mil milhões de euros, com o investimento nos últimos 12 meses a totalizar 947 milhões.

Claudia Azevedo, resultados Sonae
Claudia Azevedo, resultados Sonae Lusa
21 de Maio de 2025 às 17:50

A Sonae obteve um resultado líquido atribuível aos acionistas de 43 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, mais 77,2% do que o registado em igual período do ano passado, "refletindo melhorias na rentabilidade operacional dos negócios e revalorizações dos ativos do grupo", explica o grupo liderado por Cláudia Azevedo, esta quarta-feira, 21 de maio, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A melhoria do desempenho operacional "compensou o impacto do aumento das amortizações e dos custos financeiros associados à expansão do portefólio", sublinha a Sonae, que fechou os primeiros três meses de 2025 com um EBITDA (resulta antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) consolidado de 250 milhões de euros, mais 39,2% do que um ano antes.

A evolução deste indicador resultou do "desempenho positivo dos negócios integralmente consolidados, juntamente com 34 milhões de euros em resultados pelo método de equivalência patrimonial", assinala a Sonae, frisando que este resultado traduziu-se num aumento homólogo de 1,2 pontos percentuais da margem para 9,8%.

Já o volume de negócios consolidado da Sonae aumentou 22,7% para 2,6 mil milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, impulsionado por um forte crescimento orgânico nos principais negócios e pela integração de empresas recentemente adquiridas, incluindo a Musti e a Druni.

CEO destaca desempenho da dona do Continente

"É com grande satisfação que destaco o sólido desempenho do grupo no início de 2025. Todos os nossos negócios cresceram e reforçaram as suas quotas de mercado, em setores muito competitivos e num contexto marcado por elevada volatilidade. Estes resultados são o reflexo da robustez e das posições de liderança das empresas do nosso portefólio", conclui Cláudia Azevedo, na mensagem que acompanha a apresentação de contas do grupo relativas aos primeiros três meses deste ano.

A CEO da Sonae destacou as vendas do segmento de retalho alimentar da MC, que "aumentaram 7%, suportadas por um notável crescimento de 5% numa base comparável, apesar dos efeitos desfavoráveis de calendário (uma vez que 2024 foi um ano bissexto e este ano a Páscoa ocorreu apenas em abril)", observou.

No retalho alimentar, saúde, beleza e bem-estar, o volume de negócios da MC (dona do Continente) cresceu 22,5% em termos homólogos, para dois mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, "ou 8% considerando a contribuição proforma da Druni, que passou a ser consolidada a partir do terceiro trimestre de 2024", ressalva o comunicado.

Musti engole Pet City e fatura 120 milhões em três meses

Já no retalho de eletrónica, as vendas da Worten registaram um crescimento homólogo de 4% para 323 milhões de euros, enquanto no setor imobiliário merece destaque o aumento do resultado líquido da Sierra em 15% para 29 milhões de euros.

Relativamente ao retalho de produtos e cuidados para animais de estimação, a Musti alcançou vendas de 120 milhões de euros, mais 12% do que um ano antes – excluindo a integração da Pet City, adquirida em novembro passado, as vendas teriam crescido 4% em termos homólogos.

Nas telecomunicações, Cláudia Azevedo frisa que, "num contexto de crescente pressão competitiva, a Nos alcançou um crescimento das vendas de 4,5% [para 421 milhões de euros], reforçando a sua quota de mercado", o que considera um desempenho "notável".

De realçar, ainda, que o investimento consolidado da Sonae atingiu 947 milhões de euros nos últimos 12 meses, "com destaque para a expansão orgânica dos negócios de retalho, com uma forte aposta no mercado português, bem como para as aquisições e desenvolvimento do portefólio internacional do grupo".

Cláudia agradece "resposta exemplar" das suas equipas ao apagão

A terminar a sua mensagem ao mercado, a CEO da Sonae deixa "uma palavra final de agradecimento pela resposta exemplar" das equipas do grupo ao apagão que afetou a Península Ibérica há três semanas.

"Perante um evento totalmente inesperado, demonstrámos um espírito de equipa notável e conseguimos assegurar o funcionamento das nossas operações num contexto particularmente exigente, cumprindo o nosso compromisso de estar ao lado das famílias que servimos diariamente. Juntos, continuamos a criar hoje um amanhã melhor para todos", remata Cláudia Azevedo.

(Notícia atualizada às 18:12)

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