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Portugal quer produção massiva de hidrogénio em ilhas de eólicas no meio do mar

António Costa Silva, ministro da Economia, está na Alemanha e quer vender a imagem de um país com solução na produção do hidrogénio, através da ligação às eólicas offshore.

António Costa Silva ministro da Economia
António Costa Silva ministro da Economia Manuel de Almeida/Lusa
29 de Maio de 2022 às 18:30

Portugal quer produzir hidrogénio em ilhas artificiais com turbinas eólicas no meio do mar. Os países do norte da Europa, como a Dinamarca, foram pioneiros neste conceito de criar "ilhas energéticas" ao largo da costa do Mar do Norte, ligadas a terra por cabos submarinos.

O ministro da Economia acredita que "o futuro vai passar pelo hidrogénio" e que Portugal tem capacidade para ser uma solução na produção através precisamente das eólicas offshore. O Governo já anunciou pra 2023 o primeiro leilão de eólico offshore em Portugal.

"O futuro vai passar pelo hidrogénio e Portugal tem soluções a apresentar", afirmou António Costa Silva perante uma plateia de empresários portugueses que marcam presença na feira industrial Hannover Messe, na Alemanha.

Para o governante, "no eólico offshore vamos ter um grande projeto e uma produção massiva com ilhas artificiais afastadas da costa e ligadas à produção de hidrogénio", pelo que "as grandes quantidades de hidrogénio necessárias no futuro serão importantes e nóstemos no eólico offshore uma oportunidade de as produzir".

"Vamos construir um grande pólo de hidrogénio em Sines que pode ser fulcral. E a ligação com nossos parceiros alemães que também estão à procura disso para a transição energética pode marcar um  paradigma de viragem", acrescentou Costa Silva.

No arranque da maior feira mundial da indústria, o ministro da Economia destacou que "a presença das empresas portuguesas em Hanôver pode ser transformadora". "Temos nesta sala o que de melhor se faz em Portugal em múltiplos de atividade. Não tenho dúvida que a reindustrialização do país, do seu poder produtivo vai passar por aqui."

"Tenho extrema confiança no que as empresas portuguesas estão a fazer. Se acreditarmos no nosso potencial, podemos mudar o futuro", disse o ministro.

Costa Silva lembrou que outro vetor importante de desenvolvimento da indústria portuguesa "é o dos têxteis, dos plásticos técnicos e tudo o que se relaciona com novos materiais, mais resiliente e leves". "Tudo o que diz respeito à incorporação desses materiais nestas indústrias e noutras fileiras vai marcar o futuro."

Mais de 100 empresas presentes

A Hannover Messe contará este ano com mais de 100 empresas portuguesas presentes, um número bastante acima da média habitual, que não costuma ir além das quatro dezenas. O certamente decorre entre esta segunda-feira, 30 de maio, e a próxima sexta-feira.

Segundo dados divulgados pela AICEP, a Alemanha é o "terceiro maior mercado exportador de bens" para Portugal e "o segundo maior de bens e serviços".

"Portugal faz sentido" é o mote que marca a presença das 109 empresas nacionais dos setores da automação, digital, engenharia, e energia na Hannover Messe, a maior feira industrial do mundo.

*A jornalista viajou a convite da AICEP Portugal

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