Alberto da Ponte: “Há gente na RTP que não trabalha puto”
Alberto da Ponte, presidente da RTP, admite que a estação pública ainda vai ter de reduzir mais os custos com pessoal. Numa entrevista à “Notícias TV”, o antigo líder da Central de Cervejas avança que, desde que começou o processo de rescisões em Abril do ano passado, já saíram “para cima de 200” trabalhadores da RTP. Mas não é suficiente.
PUB
Para 2014 a expectativas de custos é de 180 milhões de euros, o correspondente a um decréscimo de 12% face a 2013. Uma diferença que será suportada por cortes “nos recursos humanos, ou seja nos custos com pessoal”, admite, em entrevista. Mas não só. “Há sempre a renegociação de regalias, à semelhança do que acontece noutras empresas. Se não conseguirmos reduzir nesses custos sacrificaremos custos de grelha”, acrescenta.
PUB
Também o despedimento colectivo é uma possibilidade que Alberto da Ponte não afasta, pois nunca pode ser colocado de parte “por qualquer responsável de uma empresa”. O presidente da RTP admite que vê os recursos humanos da empresa com alguma preocupação.
PUB
“Aquilo que me preocupa na RTP é que continuo a ver o trigo e o joio. Continuo a ver profissionais que trabalham 13 e 14 horas por dia e continua a haver na RTP profissionais que não trabalham puto. É isso mesmo. Há gente na RTP que não trabalha puto”, reconhece Alberto da Ponte.
PUB
Sobre as grandes figuras da RTP, o responsável do canal público diz que, muitas vezes são injustas as críticas sobre os seus salários porque também elas sofreram cortes de cerca de 30% nos últimos anos, “o que é penoso para os próprios”. Contudo, Alberto da Ponte sublinha que na estação “não há vacas sagradas”. Nem José Rodrigues dos Santos terá esse estatuto.
“O José Rodrigues dos Santos é um activo da RTP”, afirma. Contudo, “não é uma vaca sagrada da RTP”.
PUB
O imperativo categórico
Esperteza saloia
Mais lidas
O Negócios recomenda