Ao minutoAtualizado há 2 min00h37

Morte de Pinto Balsemão: Cavaco lembra “legado importante para a democracia portuguesa”

O ex-primeiro-ministro e fundador do Expresso faleceu esta terça-feira. "Portugal perdeu, hoje, uma das personalidades mais marcantes dos últimos sessenta anos", diz Marcelo Rebelo de Sousa.
Pinto Balsemão
Ricardo Ruella
Negócios com Lusa 21 de Outubro de 2025 às 23:52
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há 12 min.00h27

"Tinha o condão de dizer o que pensava", lembra Paulo Rangel

O ministro dos Negócios Estrangeiros apontou a marca de liberdade que Francisco Pinto Balsemão deixou como político, como jornalista e fundador do grupo Impresa e do semanário Expresso.

"Estar com Francisco Pinto Balsemão era respirar liberdade em todos os minutos e em todos os momentos", apontou Paulo Rangel, lembrando a característica de "frontalidade". "Tinha o condão de dizer o que pensava", lembrou o chefe da diplomacia.

Rangel recordou o "papel decisivo na revisão constitucional de 1983" que "acaba com a tutela militar e cria uma verdadeira democracia ocidental". Mas também a lei da imprensa, "talvez o seu maior legado", indicou.

O ministro dos Negócios Estrangeiros apontou ainda um homem que "nunca se conformou", procurando sempre estar a par da inovação, como o "futuro dos media e da inteligência artificial".

há 26 min.00h13

“Podia ter sido muito mais tempo primeiro-ministro”, diz Rui Rio sobre Balsemão

Rui Rio lembrou os tempos conturbados de Pinto Balsemão como primeiro-ministro e presidente do PSD, entre 1981 e 1983, em que o ex-presidente da câmara do Porto chegou a integrar a direção nacional.

“Queriam que fosse igual a Sá Carneiro”, recorda ao canal Now, referindo-se ao malogrado antecessor de Pinto Balsemão, falecido em 1980 num acidente de avião.   

Com uma derrota em eleições autárquicas, Pinto Balsemão abandonou São Bento, mas para Rui Rio “podia ter sido muito mais tempo primeiro-ministro”. “Tinha muito mais para dar à sociedade e acabou por dar de outra forma”, enquanto empresário dos media.     

Rio recorda que Pinto Balsemão foi uma “grande figura da democracia”, lembrando o seu papel enquanto deputado da Ala Liberal, ainda antes do 25 de abril, juntamente com outros jovens políticos reformistas. “Foi uma figura superior da democracia portuguesa.”

há 38 min.00h01

Santana Lopes: "Pinto Balsemão merece tudo. Está ao nível de Sá Carneiro, Soares, Cunhal ou Freitas"

O ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes defendeu esta terça-feira que Francisco Pinto Balsemão merece todas as homenagens, recordando o fundador do PSD como "um homem da liberdade".

"Merece tudo. Merece ser homenageado pelos municípios", apontou o presidente da Câmara da Figueira da Foz. "Está ao nível de Sá Carneiro, Mário Soares, Álvaro Cunhal, Freitas do Amaral no papel da democracia portuguesa", apontou Santana Lopes que defende o "ensino na escola" do papel de Balsemão na democratização do país.

"Era um apaixonado pela liberdade. Um grande exemplo e será sempre um grande exemplo", indicou o ex-presidente do PSD, em declarações ao canal Now.

"É um homem da liberdade e não há nada mais bonito que a liberdade", apontou Santana Lopes, lembrando que "conseguiu essa coisa extraordinária de ser primeiro-ministro e ter um jornal que semanalmente o criticava", indicando que foi "sempre inalterável na liberdade de imprensa, separando o que é difícil de separar."

há 40 min.21.10.2025

Balsemão teve “uma vida feita de superlativos”, diz Moedas

Carlos Moedas diz que “partiu uma das minhas referências pessoais e políticas”. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa lembra que Francisco Pinto Balsemão teve “uma vida feita de superlativos”.

“Foi fundador da democracia portuguesa, foi Primeiro-Ministro, foi o grande pioneiro da transformação da comunicação social”, atira. “Mas foi, acima de tudo, um cidadão sempre comprometido com o país”, remata.

Moedas recorda que quando em 2023 entregou a “Medalha de Honra da Cidade” a Balsemão lembrou esse mesmo papel do fundador do Expresso e da SIC, mas também um dos fundadores do PPD/PSD.

há 48 min.21.10.2025

PS lembra “uma vida dedicada à causa pública e à democracia”

O PS também já reagiu pelo falecimento de Francisco Pinto Balsemão, destacando a “personalidade incontornável da democracia portuguesa”.

No X, o partido liderado por José Luís Carneiro fala num homem cuja “vida foi marcada pelo compromisso com a liberdade, o pluralismo e o Estado de Direito. Jornalista, fundador do Expresso e do Grupo Impresa, deputado à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República, primeiro-ministro em tempos exigentes da consolidação democrática e fundador do PPD/PSD”.

Por tudo isto, diz o PS, “Balsemão deixa um legado de independência, sentido de serviço público e defesa intransigente da liberdade de imprensa. Soube sempre honrar o valor do debate democrático e da convivência entre diferenças, princípios fundamentais da vida democrática que partilhou com o Partido Socialista nas grandes etapas da construção de Portugal livre e europeu”.

há 50 min.21.10.2025

Cavaco Silva lembra “legado importante para a democracia portuguesa”

Numa nota de pesar pelo falecimento de Francisco Pinto Balsemão, Cavaco Silva salientou o papel de “pioneiro da comunicação social livre”, mas principalmente o “legado importante para a democracia portuguesa”.

“Francisco Pinto Balsemão foi um pioneiro da comunicação social livre, demonstrando ousadia perante o antigo regime, mesmo antes da liberdade se afirmar”, escreveu o antigo Presidente da República.

Recordou a condecoração que lhe atribuiu a 25 de abril de 2011: “Condecorei o Dr. Francisco Pinto Balsemão com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade. Entendi então que era a expressão máxima de gratidão pelo seu contributo para a Liberdade e a Democracia no nosso país".

A criação do Partido Popular Democrático é, na perspetiva de Cavaco Silva, “um legado importante para a democracia portuguesa”, acrescentou na mesma nota em que salientou o papel de primeiro-ministro e líder do PSD em dois momentos: na revisão constitucional de 1982, mas também nas negociações para a adesão de Portugal à CEE.

há 51 min.21.10.2025

Fernando Ulrich: Balsemão deu um “grande contributo” na revisão da constituição em 1982

“É uma coincidência triste: faz por estes dias 53 anos que conheci o Francisco Pinto Balsemão quando ele me entrevistou para ver se estava de acordo com a minha entrada na equipa que ia lançar o Expresso, para as páginas económicas. Foi uma experiência fascinante, devo-lhe imenso e ficámos amigos”. Foi assim que Fernando Ulrich, chairman do BPI e antigo CEO do banco relatou, na SIC Notícias, a memória do primeiro contacto com o fundador do Expresso. O banqueiro foi jornalista no semanário.

Fernando Ulrich destacou o “grande contributo” que Balsemão deu ao país na revisão constitucional de 1982 que “acabou com a tutela militar sobre a democracia porguguesa, abriu o caminho para as negociações com a comunidade europeia e também a consolidação de uma economia de mercado”.

"Tenho a certeza que ficará na história de Portugal enquanto político, empresário e jornalista", rematou Fernando Ulrich.

há 56 min.21.10.2025

Basílio Horta e Ana Gomes sublinham percurso do fundador do PPD

Os antigos candidatos presidenciais Ana Gomes e Basílio Horta lamentaram hoje a morte do antigo primeiro-ministro Francisco Pinto Balsemão, elogiando o seu percurso e os contributos para a defesa da democracia.

"Incansável defensor da liberdade de imprensa, crucial construtor da nossa democracia. Portugal sem ele empobrece", escreveu a ex-candidata a Belém e ex-eurodeputada socialista Ana Gomes na rede social X.

Basílio Horta, antigo vice-presidente do CDS e presidente cessante da Câmara de Sintra (eleito nas listas do PS), considerou no Facebook que, com a morte de Balsemão, "desaparece uma personalidade decisiva de toda uma geração de políticos".

"Era um homem de princípios, de extrema delicadeza e de enorme qualidade pessoal e política. Hoje perdi mais um amigo com quem colaborei de forma muito próxima nos seus governos. Todos ficamos mais pobres e alguns, já poucos, cada vez mais sozinhos", sublinha Basílio Horta.

21.10.2025

Pinto Balsemão, presença constante na lista “Os Mais Poderosos” do Negócios

Francisco Pinto Balsemão era um nome constante na lista “Os Mais Poderosos” que o Negócios publica todos os anos por altura do Verão.

O antigo primeiro-ministro e fundador da Impresa surgia por via do cargo de “chairman” do grupo de comunicação social, conselheiro de Estado e fundador dos Encontros de Cascais.

A tendência decrescente da posição de Balsemão no “ranking” está ligada ao percurso recente do grupo Impresa.


21.10.2025

"Não foi devidamente homenageado", diz Marques Mendes

O ex-presidente do PSD Luís Marques Mendes evocou, em declarações na SIC Notícias, o papel que Francisco Pinto Balsemão teve na revisão constitucional de 1982, que diz não ter sido suficientemente destacado. “Adaptou o nosso regime à marca europeia”, assinalou.      

“Era muito difícil”, disse Marques Mendes, lembrando a revisão que acabou com o Conselho da Revolução e diminuiu os poderes presidenciais. “Foi a revisão mais importante que houve até hoje”, refere o atual candidato presidencial. “Não foi devidamente homenageado”.      

Marques Mendes também enalteceu o papel de Balsemão como “referência incontornável da liberdade de imprensa”, lembrando que fundou o Expresso e a SIC. “Foi um grande lutador pela iniciativa privada”.

21.10.2025

Marcelo recorda Balsemão: “Portugal deve-lhe imenso”

“Foi uma das figuras mais marcantes dos últimos sessenta anos. Portugal deve-lhe imenso”. As palavras são do Presidente da República, que logo após a nota de pesar oficial, falou na SIC Notícias sobre o falecimento do fundador da Impresa e antigo primeiro ministro.

“Foi marcante na política e na comunicação social”, enfatizou Marcelo Rebelo de Sousa. “Foi deputado da Ala Liberal, coautor de projetos de mudança da constituição, da lei de imprensa, da lei de associação, da lei da liberdade religiosa, para mudar o Portugal democrático”.

Depois, claro, fundou o PSD, foi “parlamentar, governante, primeiro-ministro”.

“Foi dos conselheiros de Estado com maior presença nesse cargo”, enfatizou o Chefe de Estado, e “tinha prestígio internacional”.

Na comunicação social “não houve nada que não tenha tentado revolucionar”. “Revolucionou quer a imprensa escrita quer a televisiva, num longo percurso que começou ainda na ditadura. Era um visionário, um pioneiro, um criativo muito determinado e trabalhador. Esteve praticamente em todos os grandes combates desde os anos 60 quando tive oportunidade de ser colaborador dele no Expresso”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

“Portugal votará amanhã no conselho de ministros um luto nacional que assinarei imediatamente a seguir”, avançou o Chede de Estado.

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