Grupo José de Mello chama capitais de risco para investir em startups de saúde
O grupo José de Mello vai reunir capitais de risco e startups que atuam na área da saúde, abrindo espaço para o investimento em "healthtech" e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras.
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O "Roadshow: HealthTech Investment Days" vai dividir-se, entre segunda e terça-feira, pelo Museu das Comunicações e o Auditório da CUF Tejo. Em parceria com o European Innovation Council (EIC), as startups vão ter a oportunidades de apresentarem o seu "pitch" a investidores portugueses e de outras nacionalidades europeias, a hospitais e empresas tecnológicas.
João Mil-Homens, diretor de inovação e sustentabilidade do grupo José de Mello, diz ao Negócios que entre as 19 scaleups europeias escolhidas para participar não existe ADN português, mas isso não afasta o interesse de todos os parceiros.
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"Queremos construir parcerias com empresas e investidores, com o objetivo de fazer crescer e procurar desenvolver os projetos com base em conhecimento pré-existente", adianta João Mil-Homens.
O programa Grow do grupo dono da CUF já ajudou a impulsionar mais de 60 startups especializadas em novas tecnologias, entre as várias empresas que detém, onde se insere, por exemplo a Bondalti. "Beneficiamos em ajudar a desafiar modelos e a integrar as ideias", aponta, explicando que a José de Mello não investe diretamente nas scaleups.
Em vésperas deste encontro, a CUF anunciou a implementação da solução de IA da startup luso-britânica Noxus, de forma a automatizar o registo de reclamações e elogios, permitindo poupar 600 horas mensais e processar automaticamente mais de três mil tarefas. Este é apenas um exemplo recente de como o grupo - que tem várias frentes de atuação - integra novas tecnologias e startups no seu negócio.
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"Dificilmente nos passam despercebidas startups nacionais", garantiu o diretor de inovação da José de Mello, lembrando que o Grow tem crescido consistentemente nos últimos anos.
As startups para este desafio são escolhidas pelo EIC e apresentam "um elevado potencial de crescimento". "As startups precisam de parceiros de valor acrescentado. Queremos encontrar as melhores e promover apoio entre 'stakeholders'", sustenta João Mil-Homens.
Entre as 20 capitais de risco existem portugueses, como Armilar, Bynd ou Shilling, com o diretor de inovação a acrescentar a presença de potencial financiamento francês, britânico e espanhol.
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Com ajuda de fundos europeus, através do EIC, o propósito é impulsionar as "deep tech" criadas na Europa e dar-lhes corpo. Por isso mesmo, os apoios surgem de um ambiente próximo: o da saúde. Entre os parceiros estão farmacêuticas, seguradoras e empresas focadas em biotecnologia.
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