pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

A arte também INOVa

Tiago Cortez-Pinto ainda se encontrava em Bruxelas, quando o Negócios quis saber tudo sobre sua experiência na Jeunesses Musicales International. Depois de um acordo prévio com a instituição, o jovem português partiu para um estágio na área de gestão de...

10 de Dezembro de 2009 às 15:14

Tiago Cortez-Pinto e Aya Koretzky são dois dos mais de 200 jovens que participaram na primeira edição do programa de estágios INOV-Art. Saiba tudo sobre a medida que leva a arte e a cultura portuguesa "lá para fora"

Tiago Cortez-Pinto ainda se encontrava em Bruxelas, quando o Negócios quis saber tudo sobre sua experiência na Jeunesses Musicales International. Depois de um acordo prévio com a instituição, o jovem português partiu para um estágio na área de gestão de indústrias criativas e marketing, onde ficou após o términos da sua bolsa. Aya Koretzky tinha acabado de regressar de Paris, onde esteve seis meses na Les Films de l'Après-Midi. Na cidade da luz, teve oportunidade de trabalhar em cinema e audiovisual, fazendo um estágio na subárea de pós-produção.

As histórias de Aya e Tiago são apenas duas entre as mais de 200 que o programa de estágios internacionais INOV-Art conta, na sua primeira edição. As candidaturas para a "segunda volta" abriram a 16 de Novembro, mas foi a 7 de Abril de 2008 que tudo começou. A ideia que viria a alimentar os sonhos dos artistas lusos surgiu de uma Resolução do Conselho de Ministros desse mesmo dia. O objectivo era reforçar os destinatários e beneficiários desta medida, deixando a sua coordenação à Direcção-Geral das Artes (DGArtes). "O programa veio dar resposta à necessidade de existir um instrumento específico para apoiar a realização de estágios internacionais de jovens", explica Jorge Barreto Xavier, director-geral das Artes. A maratona artística começou a 9 de Janeiro de 2009: estavam programados 200 estágios. Houve 2019 candidaturas e foi possível atribuir 249 bolsas, para 84 cidades de 28 países.

Aya Koretzky nasceu no Japão mas vive desde

os nove anos em Portugal. É licenciada é Pintura e aproveitou o INOV-Art para trabalhar em cinema num país diferente.

Pós-produzir em Paris

A paixão pelo cinema levou Aya Koretzky à Les Films de l'Après-Midi, em França, pela mão do INOV-Art. Agora que terminar dois documentários.

Aya Koretzky tem 26 anos, é natural de Tóquio, no Japão, mas vive em Portugal desde os nove. Por cá, licenciou-se em Pintura, mas já foi artista, realizadora de documentário e técnica de pós-produção audiovisual, trabalhando em montagem, grafismos e correcção de cor. "Apesar da minha formação em pintura, sempre me senti atraída pelo cinema.". E foi precisamente este conjunto de interesses que a levou a contactar várias produtoras da área cinematográfica, após a sua licenciatura. Daí a participar no INOV-Art foi um passo. "Quando soube do programa, achei que seria uma boa oportunidade para trabalhar nessa área, num país diferente."

Aya Koretsky estava a colaborar com várias realizadoras na pós-produção de documentários e na parte artística de curtas metragens de ficção, antes de se candidatar. Quando o fez, teve de esperar três meses pelo resultado. "No início, [o processo de candidatura] pareceu-me um pouco lento, até obter a primeira resposta.

Depois, tive um mês de avaliação bastante equilibrado." Mas, no final, acabou por correr tudo de acordo com as suas expectativas. O seu destino foi a produtora Les Films de l'Après-Midi, em Paris, França, onde trabalhou na área de produção e pós-produção, durante seis meses. "A experiência foi bastante positiva", comenta a jovem artista. Na cidade da luz, Aya Koretzky teve oportunidade de preparar dossiês para angariação de apoios à criação cinematográfica, representar a produtora em eventos relacionados com a produção audiovisual, acompanhar o desenvolvimento de projectos. Fez ainda a pesquisa de financiamentos franceses e internacionais, participou na preparação da fase de filmagens, montou um projecto de natureza documental e fez a correcção de cor do projecto audiovisual. Quanto à adaptação a Paris, foi rápida, embora tenha notado uma certa frieza por parte dos parisienses. Contudo, "com o tempo, foi possível ultrapassar essa barreira, tendo feito bons amigos". Actualmente, já tem um convite para trabalhar numa produtora e pretende terminar dois documentários seus. Quanto ao INOV- -Art, acredita que pode ser uma mais-valia na experiência dos artistas, desde que se enquadre nos seus interesses. "Estando a residir e a trabalhar noutro país, os artistas têm oportunidade de conhecer outras metodologias, dar a conhecer o seu trabalho e de alargar a sua rede de contactos de forma internacional", diz. Para Aya Koretzky, é importante que os jovens acreditem em si e sejam persistentes. "Aproveitar as oportunidades que surgem e, sobretudo empenhar-se em fazer um bom trabalho.

Aya Koretzky nasceu no Japão mas vive desde

os nove anos em Portugal. É licenciada é Pintura e aproveitou o INOV-Art para trabalhar em cinema num país diferente.

A paixão pelo cinema levou Aya Koretzky à Les Films de l'Après-Midi, em França, pela mão do INOV-Art. Agora que terminar dois documentários.

Aya Koretzky tem 26 anos, é natural de Tóquio, no Japão, mas vive em Portugal desde os nove. Por cá, licenciou-se em Pintura, mas já foi artista, realizadora de documentário e técnica de pós-produção audiovisual, trabalhando em montagem, grafismos e correcção de cor. "Apesar da minha formação em pintura, sempre me senti atraída pelo cinema.". E foi precisamente este conjunto de interesses que a levou a contactar várias produtoras da área cinematográfica, após a sua licenciatura. Daí a participar no INOV-Art foi um passo. "Quando soube do programa, achei que seria uma boa oportunidade para trabalhar nessa área, num país diferente."

Aya Koretsky estava a colaborar com várias realizadoras na pós-produção de documentários e na parte artística de curtas metragens de ficção, antes de se candidatar. Quando o fez, teve de esperar três meses pelo resultado. "No início, [o processo de candidatura] pareceu-me um pouco lento, até obter a primeira resposta.

As áreas de arquitectura e cinema/audiovisual foram as mais procuradas, mas não são as únicas. "Apresentam-se a concurso jovens dos 18 aos 35 anos, com qualificação ou aptidão nos domínios da arte e cultura, nomeadamente nas áreas da arquitectura, artes performativas, visuais, cinema e audiovisual, design, escrita e edição" acrescenta Jorge Barreto Xavier. Além destas, o programa contempla artistas vindos de áreas como o urbanismo, cruzamentos artísticos, gestão de indústrias criativas e marketing, património, serviços educativos e actividades artísticas em meio educativo.

Tudo o que precisa de saber

Para que a sua veia artística só pare no estrangeiro

1. Quem pode participar? Todos os jovens portugueses ou residentes em território nacional, entre os 18 e os 35 anos, que estejam à procura de emprego e que tenham qualificações ou aptidões nos domínios cultural ou artístico podem concorrer ao INOV-Art.

2. Por quanto tempo? Os estágios podem durar entre três a nove meses. O período de candidaturas para a segunda edição do programa decorre entre as 9 horas do dia 16 de Novembro de 2009 e as 17 horas do dia 8 de Janeiro de 2010.

3. A que têm direito? Os estagiários têm direito a uma bolsa mensal de formação, que corresponde a duas vezes o Índice de Apoios Sociais (IAS), no valor de 838,44 euros. Também recebem um subsídio de alimentação e alojamento, que depende da estimativa que a ONU faz dos custo de vida do país de destino. No máximo, atingem os 91 euros e os 1.100 euros por mês, respectivamente. Estes valores podem ser actualizados na segunda edição. Além destes, os jovens têm direito a um subsídio para ligação à internet, de 50 euros, no máximo, à viagem de ida e volta entre Portugal e o país de acolhimento e a um seguro de saúde e acidentes pessoais.

4. É obrigatório ter acordo prévio? Não. Podem candidatar-se ao programa os jovens que já estabeleceram contacto com uma entidade de acolhimento e os que se submetem a um processo de "matching". Neste processo, a DGArtes tem a tarefa de encontrar a entidade disponível mais adequada às suas aptidões e qualificações. Se o candidato estabeleceu um acordo prévio, deve indicá-lo no formulário, bem como o contacto da pessoa responsável. Não há candidaturas preferenciais.

5. Pode haver preferências? O que prevalece sempre é a adequação do perfil do candidato à vaga disponibilizada pela entidade de acolhimento, da responsabilidade da DGArtes. Por isso, não são contempladas preferências.

Para que a sua veia artística só pare no estrangeiro

1. Quem pode participar? Todos os jovens portugueses ou residentes em território nacional, entre os 18 e os 35 anos, que estejam à procura de emprego e que tenham qualificações ou aptidões nos domínios cultural ou artístico podem concorrer ao INOV-Art.

2. Por quanto tempo? Os estágios podem durar entre três a nove meses. O período de candidaturas para a segunda edição do programa decorre entre as 9 horas do dia 16 de Novembro de 2009 e as 17 horas do dia 8 de Janeiro de 2010.

3. A que têm direito? Os estagiários têm direito a uma bolsa mensal de formação, que corresponde a duas vezes o Índice de Apoios Sociais (IAS), no valor de 838,44 euros. Também recebem um subsídio de alimentação e alojamento, que depende da estimativa que a ONU faz dos custo de vida do país de destino. No máximo, atingem os 91 euros e os 1.100 euros por mês, respectivamente. Estes valores podem ser actualizados na segunda edição. Além destes, os jovens têm direito a um subsídio para ligação à internet, de 50 euros, no máximo, à viagem de ida e volta entre Portugal e o país de acolhimento e a um seguro de saúde e acidentes pessoais.

4. É obrigatório ter acordo prévio? Não. Podem candidatar-se ao programa os jovens que já estabeleceram contacto com uma entidade de acolhimento e os que se submetem a um processo de "matching". Neste processo, a DGArtes tem a tarefa de encontrar a entidade disponível mais adequada às suas aptidões e qualificações. Se o candidato estabeleceu um acordo prévio, deve indicá-lo no formulário, bem como o contacto da pessoa responsável. Não há candidaturas preferenciais.

5. Pode haver preferências? O que prevalece sempre é a adequação do perfil do candidato à vaga disponibilizada pela entidade de acolhimento, da responsabilidade da DGArtes. Por isso, não são contempladas preferências.

Porta aberta à arte

As candidaturas para a segunda edição do programa terminam a 8 de Janeiro. Desde que os jovens possuam, pelo menos, um dos requisitos (formação académica/profissional, experiência profissional ou obra pública) podem ser considerados no programa. E não é necessário que sejam licenciados. Devem candidatar-se por via electrónica, preenchendo o formulário disponível no sítio do programa, anexando o Curriculum Vitae (CV), modelo Europass e uma carta de motivação. As comunicações devem ser feitas preferencialmente em português, mas podem utilizar, em alternativa, o inglês, francês ou espanhol. Se já tiver estabelecido um acordo prévio com uma entidade de acolhimento deve mencioná-lo no formulário. No máximo, pode candidatar-se com duas entidades acordadas previamente, mas só será atribuída uma bolsa de formação.

Tome nota

Saiba como candidatar-se ao programa que pode mostrar a sua arte ao mundo.

1. Preencha o formulário Todos os candidatos têm de preencher o formulário de candidatura presente no sítio do programa - www.dgartes.pt/ inov-art/ - e enviá-lo pela internet. Caso tenha um acordo prévio com uma entidade de acolhimento, inclua essa informação. Escreva também uma carta de motivação e anexe o seu CV, modelo Europass.

2. Evite nomes artísticos Introduza o seu nome completo, tal como consta nos documentos de identificação civil. Não utilize nomes artísticos.

3. Indique o que é mais relevante Se tiver formação académica ou profissional em várias áreas, indique a que considere mais relevante, incluindo a restante informação no seu CV. Faça o mesmo com os dados sobre a sua actividade profissional. O formulário será analisado no momento da pré-selecção dos candidatos, deixando os CV para depois.

4. Coloque o resto no CV A informação sobre a sua obra pública e publicitada, como publicações, exposições, espectáculos deve ser genérica e incluída no CV. Não pode anexar portfolios. Acontece o mesmo com a informação sobre bolsas e prémios.

5. Aguarde confirmação Após a submissão da sua candidatura, terá acesso a um código, que deverá imprimir ou guardar numa cópia digital do formulário. Quando a candidatura dá entrada na DGArtes, recebe um e-mail com a confirmação de recepção e com uma ligação à página de consulta.

Saiba como candidatar-se ao programa que pode mostrar a sua arte ao mundo.

1. Preencha o formulário Todos os candidatos têm de preencher o formulário de candidatura presente no sítio do programa - www.dgartes.pt/ inov-art/ - e enviá-lo pela internet. Caso tenha um acordo prévio com uma entidade de acolhimento, inclua essa informação. Escreva também uma carta de motivação e anexe o seu CV, modelo Europass.

2. Evite nomes artísticos Introduza o seu nome completo, tal como consta nos documentos de identificação civil. Não utilize nomes artísticos.

3. Indique o que é mais relevante Se tiver formação académica ou profissional em várias áreas, indique a que considere mais relevante, incluindo a restante informação no seu CV. Faça o mesmo com os dados sobre a sua actividade profissional. O formulário será analisado no momento da pré-selecção dos candidatos, deixando os CV para depois.

4. Coloque o resto no CV A informação sobre a sua obra pública e publicitada, como publicações, exposições, espectáculos deve ser genérica e incluída no CV. Não pode anexar portfolios. Acontece o mesmo com a informação sobre bolsas e prémios.

"O processo de selecção começa com uma triagem interna para verificação dos requisitos formais, com a entrega dos documentos obrigatórios e a idade", explica Jorge Barreto Xavier. Depois, os candidatos submetem-se à prova de língua estrangeira e a testes psicotécnicos, sendo posteriormente avaliados numa entrevista, feita por um especialista da área a que se candidatam. O processo termina com um processo de 'matching' em que os perfis dos candidatos aprovados são conjugados com as entidades inscritas e validadas. Os resultados do concurso são depois comunicados por e-mail. "Este programa é uma mais-valia, não só para os artistas, mas também para outros profissionais da área cultural. Proporciona uma experiência profissional num contexto internacional ao permitir uma inserção em entidades estrangeiras de referência", diz o director-geral das Artes.

Tiago Cortez-Pinto licenciou-se em Comunicação Social e Cultura na Universidade Católica e estava desempregado quando concorreu ao programa INOV-Art. Foi para Bruxelas promover tournées e fazer campanhas pela mobilidade dos artistas.

Outra forma de comunicar

Não é artista, mas foi no INOV-Art que Tiago Cortez-Pinto encontrou o caminho até à Jeunesses Musicales International, em Bruxelas, onde hoje ocupa o cargo de assistente de comunicação.

Tiago Cortez-Pinto licenciou-se em Comunicação Social e Cultural, na Universidade Católica e trabalha actualmente na Organização Não Governamental "Jeunesses Musicales International" (JMI), em Bruxelas. Antes de se candidatar ao programa, estava desempregado e à procura de uma experiência profissional fora de Portugal. A sua busca levou-o à entidade que o viria a receber mais tarde, através do INOV-Art. "A Jeunesses Musicales International pareceu-me perfeita. Além de ter disponível um estágio na minha área de formação, trabalha com música e tem uma vertente humanitária, campos que me interessam desde muito cedo e com os quais tenho estado envolvido há algum tempo", explica o jovem natural de Cascais. Assim que soube que era possível candidatar-se a um estágio INOV-Art com uma entidade de acolhimento pré-definida, Tiago Cortez-Pinto não perdeu tempo e contactou a JMI. "Mandei-lhes uma carta de motivação, expliquei o meu interesse e o programa, tive uma espécie de entrevista pelo telefone e mostraram-se logo interessados."

Em Fevereiro de 2009 começou o processo de candidatura, mas só em Maio é que o jovem de 24 anos rumou à Bélgica. "O processo foi um pouco longo (...), mas durante todo esse período, pude contar com o apoio positivo das pessoas do INOV-Art, bem como durante o estágio." A candidatura teve várias fases, desde o envio do formulário à entrevista. No final, Tiago Cortez-Pinto esperava que tudo "fosse mas rápido", mas a demora valeu a pena. Antes de terminar o seu estágio, foi contratado para ser assistente de comunicação na JMI, durante seis meses. Actualmente, desempenha todas as tarefas necessárias ao departamento de comunicação, como a promoção da organização e das organizações membros. "Desde que cá estou, já houve a possibilidade de organizar eventos, promover 'tournées' e fazer campanha pela mobilidade dos artistas, o que tem sido muito interessante para mim."

Além de ter aprendido muito a nível profissional, foi bem recebido e integrado em todo o trabalho da JMI. "A meio do estágio, pedi ao meu orientador que fizesse uma avaliação do meu trabalho, para saber qual a percepção dos meus colegas. Reunimos para discutir essa avaliação, que foi positiva, e expressei o meu interesse em continuar, sendo que ele também expressou o seu em manter-me", explica. Duas semanas antes de acabar a sua formação, Tiago Cortez-Pinto recebeu a boa nova. E, apesar do tempo frio e cinzento que se faz sentir em Bruxelas, a experiência profissional compensa as dificuldades que sente na adaptação.

"Eu não sou artista, profissionalmente, mas pelo que sei dos artistas que estão a fazer o programa, a experiência tem sido muito positiva. Penso que é, sem dúvida, uma forma de evoluir profissionalmente, uma vez que é difícil fazê-lo em Portugal", comenta. Para combater esta realidade, é necessário que os jovens estejam atentos ao que se passa no mundo das artes, que sejam genuínos e que busquem a originalidade. "Penso que há cada vez mais meio de auto promoção, como este tipo de programas, que podem ser uma grande ajuda no lançamento de talentos escondidos.

Tiago Cortez-Pinto licenciou-se em Comunicação Social e Cultura na Universidade Católica e estava desempregado quando concorreu ao programa INOV-Art. Foi para Bruxelas promover tournées e fazer campanhas pela mobilidade dos artistas.

Não é artista, mas foi no INOV-Art que Tiago Cortez-Pinto encontrou o caminho até à Jeunesses Musicales International, em Bruxelas, onde hoje ocupa o cargo de assistente de comunicação.

Tiago Cortez-Pinto licenciou-se em Comunicação Social e Cultural, na Universidade Católica e trabalha actualmente na Organização Não Governamental "Jeunesses Musicales International" (JMI), em Bruxelas. Antes de se candidatar ao programa, estava desempregado e à procura de uma experiência profissional fora de Portugal. A sua busca levou-o à entidade que o viria a receber mais tarde, através do INOV-Art. "A Jeunesses Musicales International pareceu-me perfeita. Além de ter disponível um estágio na minha área de formação, trabalha com música e tem uma vertente humanitária, campos que me interessam desde muito cedo e com os quais tenho estado envolvido há algum tempo", explica o jovem natural de Cascais. Assim que soube que era possível candidatar-se a um estágio INOV-Art com uma entidade de acolhimento pré-definida, Tiago Cortez-Pinto não perdeu tempo e contactou a JMI. "Mandei-lhes uma carta de motivação, expliquei o meu interesse e o programa, tive uma espécie de entrevista pelo telefone e mostraram-se logo interessados."

Em Fevereiro de 2009 começou o processo de candidatura, mas só em Maio é que o jovem de 24 anos rumou à Bélgica. "O processo foi um pouco longo (...), mas durante todo esse período, pude contar com o apoio positivo das pessoas do INOV-Art, bem como durante o estágio." A candidatura teve várias fases, desde o envio do formulário à entrevista. No final, Tiago Cortez-Pinto esperava que tudo "fosse mas rápido", mas a demora valeu a pena. Antes de terminar o seu estágio, foi contratado para ser assistente de comunicação na JMI, durante seis meses. Actualmente, desempenha todas as tarefas necessárias ao departamento de comunicação, como a promoção da organização e das organizações membros. "Desde que cá estou, já houve a possibilidade de organizar eventos, promover 'tournées' e fazer campanha pela mobilidade dos artistas, o que tem sido muito interessante para mim."

Além de ter aprendido muito a nível profissional, foi bem recebido e integrado em todo o trabalho da JMI. "A meio do estágio, pedi ao meu orientador que fizesse uma avaliação do meu trabalho, para saber qual a percepção dos meus colegas. Reunimos para discutir essa avaliação, que foi positiva, e expressei o meu interesse em continuar, sendo que ele também expressou o seu em manter-me", explica. Duas semanas antes de acabar a sua formação, Tiago Cortez-Pinto recebeu a boa nova. E, apesar do tempo frio e cinzento que se faz sentir em Bruxelas, a experiência profissional compensa as dificuldades que sente na adaptação.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio