Mais receitas e mais clientes não chegaram para impulsionar os ganhos da Nos. A operadora liderada por Miguel Almeida viu os lucros encolherem 9,2% para 182 milhões de euros até setembro, à boleia das mais-valias de efeitos extraordinários - de 201 milhões de euros - no período homólogo. Sem estes efeitos extraordinários, a Nos diz que o resultado líquido teria subido 21,3% para 177,7 milhões de euros.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a operadora de Miguel Almeida revelou uma melhoria de 4,2% do EBITDA consolidado para 618 milhões de euros. O EBITDA das Telecomunicações continua a representar a maior fatia deste resultado, apresentando um crescimento de 4,3% para 569,1 milhões de euros até setembro, enquanto as Tecnologias de Informação registaram um aumento de 13,7% para 14,3 milhões e a área de Cinema e Audiovisuais cresceu 0,3% para 34,6 milhões de euros.

As receitas subiram 2% para 1,336 milhões de euros. As receitas Telecomunicações subiram 2,1% para 1,178 milhões de euros, apoiadas nas receitas empresariais que registaram um crescimento de 7,7% para 327,9 milhões de euros. Já as receitas de IT aumentaram 3,1% para 111,6 milhões de euros, apoiadas no "forte crescimento de 10,6% das receitas de serviços, a contrariar o menor desempenho do segmento de maior volatibilidade de equipamentos e licenças", enquanto as receitas de Cinema e Audiovisuais foram fortemente impactadas pela ausência de "blockbusters" no terceiro trimestre.

A empresa "conquistou 219 mil novos serviços face ao período homólogo do ano passado", tendo agora um total de 10,8 milhões de clientes. Neste espaço temporal, a Nos viu o seu número de novos clientes crescer em 2,1%. A operadora explica que, a nível dos serviços móveis, cresceu em 184 mil novos serviços, operando um total de 5,686 milhões até setembro, enquanto no segmento operacional acrescentou 43,3 mil serviços, totalizando mais de 1,845 milhões nos primeiros nove meses do ano. Já a rede fixa ascende a 4,73 milhões de serviços.