As guloseimas que dão remédios saborosos
Uma start-up criou guloseimas saudáveis. Vão permitir administrar medicamentos a crianças de forma mais fácil, e chegam ainda este ano à distribuição alimentar.
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São guloseimas. Mas não têm açúcar, nem glúten, nem lactose, nem corantes, aromatizantes ou conservantes artificiais. Foram desenvolvidas em Portugal e surgiram com o objectivo de facilitarem a administração de medicamentos a crianças. Ao Negócios, Nuno Adriano Santos, engenheiro químico e fundador do projecto DoctorGummy, conta que depois de ter identificado o problema - dificuldade de administrar medicamentos a crianças - partiu à procura do que estava a ser feito pela indústria farmacêutica. "Percebemos que já havia uma solução, mas que não era a melhor. No sector farmacêutico, o que se faz é: quando o medicamento é amargo, adiciona-se açúcar", diz. E a adição de açúcar pode provocar outros problemas de saúde, como cáries, diabetes e obesidade. "Fizemos cinco anos de investigação e conseguimos chegar à formulação daquilo que são guloseimas saudáveis. São cinco linhas específicas: gomas, pastilhas, rebuçados, chupas e chocolates que têm características muito especiais; não têm açúcar, glúten, lactose, corantes nem conservantes artificiais. Não têm nenhum tipo de ingrediente artificial ou que possa gerar intolerância a crianças" - e a adultos -, salienta. Na base destes produtos estão ingredientes naturais como legumes, vegetais e frutas que são, nomeadamente, o que dá cor às guloseimas. Para que possam ser usados para administrar medicamentos (e não levarem à criação de outros problemas devido ao açúcar) o que esta start-up da região do Porto fez, foi encontrar um meio para "introduzir o princípio activo dos medicamentos nestas guloseimas saudáveis".
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