Costa: No Programa 200M quem decide a aplicação do dinheiro são os investidores
O primeiro-ministro, António Costa, aproveitou um evento com mais de 500 investidores – paralelo ao Web Summit e que se chama Venture Summit – para explicar o programa 200M, que foi avançado pela imprensa durante o fim-de-semana.
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"Percebemos que a melhor forma de apoiar o financiamento é através do co-investimento e lançamos por isso este programa – o '200M co-invest with the best'. O Estado põe 200 milhões de euros mas quem decide a sua aplicação são os investidores internacionais ou nacionais, que escolhem as melhores empresas, os melhores projectos, a quem é necessário assegurar 'venture capital' [capital de risco] para poderem arrancar com o desenvolvimento da sua actividade. Esse é o novo instrumento que criamos porque julgamos que, se pusermos o dinheiro acessível às pessoas certas para realizar os processos certos, teremos condições de fazer os melhores investimentos e ajudar a fortalecer uma economia mais dinâmica e mais inovadora" salientou António Costa.
Em entrevista ao Negócios e Antena 1, o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, tinha já referido este programa e explicado que, como o programa é co-financiado, ao todo serão 400 milhões para investir em start-ups, já que aos 200 milhões financiados pelo Estado juntar-se-á, na mesma proporção, o dinheiro de privados.
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Segundo explicou o secretário de Estado, este financiamento irá privilegiar gestoras de capital de risco com competência comprovada e experiência em áreas específicas. "Nós queremos atrair os melhores investidores. E não só investidores de capital de risco. Pela primeira vez, nós valorizamos os investidores que tenham ‘know-how’ da indústria, especialização", adiantou João Vasconcelos. "Nós queremos investidores que estejam à vontade com digital, com robótica, com biotecnologia, com farmacêutica, com renováveis".
O chefe de Governo referiu ainda esta segunda-feira que a realização do Web Summit em Lisboa é "uma grande honra mas é também um enorme desafio". Os desafios prende-se, sobretudo, com transformar a economia nacional cada vez mais aberta, internacional, "que moderniza os sectores tradicionais mas que aposta e acredita na capacidade da inovação". Algo que está a ser feito com as políticas públicas nacionais.
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No entanto, Costa explicou também que com a realização do evento em Lisboa "queremos ver não só o país conhecido como um bom local para investir mas queremos aprender mais, ouvir e saber como é que podemos fazer melhor".
Antes do primeiro-ministro, o presidente da Câmara de Lisboa falou perante uma plateia de investidores, onde assinalou que "Lisboa é uma das vibrantes capitais europeias" e é também "uma das cidades mais abertas que podem encontrar". "Sabemos o que está acontecer no mundo", defendeu e acrescentou que: "o nosso compromisso é manter Lisboa como uma cidade aberta".
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Em entrevista ao Negócios na semana passada, o autarca tinha já sublinhado que um dos grande activos da capital portuguesa é saber acolhe bem a diferença.
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