Startup Lisboa: a ideia não é a alma do negócio
Ter uma ideia, e apenas uma ideia, não chega para lançar uma start-up. Muitas vezes, quem pretende lançar um negócio procura o apoio de uma incubadora de empresas. Na capital portuguesa existem várias. A Startup Lisboa é uma delas.
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Nascida em Fevereiro de 2012, a Startup Lisboa é o resultado de uma parceria entre a autarquia lisboeta, o Montepio Geral e o IAPMEI. Actualmente, esta incubadora tem dois edifícios: um dedicado a empresas tecnológicas – a Startup Lisboa Tech – e outro para empresas da área do comércio – a Startup Lisboa Comércio. As empresas podem candidatar-se aquando da abertura de candidaturas e, as que forem seleccionadas, podem beneficiar de consultoria especializada, acompanhamento por mentores e espaço de escritório.
João Vasconcelos, director executivo desta incubadora, em entrevista ao Negócios, em Fevereiro, explicava que na Startup Lisboa Tech "só aceitamos projectos que tenham produtos ou serviços globais, portanto, exportáveis ou escaláveis". Por outro lado, no edifício destinado a área do comércio e do turismo, os projectos já podem ser "menos escaláveis".
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Desde 2012, já passaram mais de 100 empresas por esta incubadora, sendo que podem permanecer entre seis meses e três anos, de acordo com os objectivos definidos para cada uma. João Vasconcelos sublinha que existe uma "taxa de mortalidade muito baixa" de start-ups nesta estrutura pois existe "uma selecção muito grande". "Não seleccionamos as empresas pela ideia (...). O segredo não está nas ideias. O segredo está na equipa, na execução. O principal factor de selecção é a equipa e a experiência que têm no sector onde pretendem fazer negócio. É a capacidade da equipa de aguentar embates contraditórios, desafios" que é determinante, defendeu João Vasconcelos.
Questionado sobre que balanço fazia destes dois anos, o responsável assinalou que é "muito positivo". "Conseguimos apoiar muito mais empresas do que pensávamos e conseguimos apoiar a criação de muitos mais postos de trabalho do que pensávamos", afirmou.
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"Fonte de inovação"
O universo das start-ups tem crescido nos últimos anos, tanto ao nível doméstico – onde o empreendedorismo tem estado na agenda pública –, como ao nível internacional. Em Fevereiro, João Vasconcelos assinalava que "as start-ups são fonte de inovação para grandes empresas". "As grandes empresas já perceberam que a inovação é muito mais ágil, muito mais flexível, muito mais adaptada ao mercado e muitíssimo mais barata feita por start--ups do que por departamentos internos", acrescentou.
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Áreas de actividade
A Startup Lisboa tem dois edifícios: um vocacionado para tecnológicas e outro para empresas da área do comércio e turismo. Na Startup Lisboa Tech os projectos devem ter características escaláveis.
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Candidaturas
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Esta incubadora abre prazos de candidatura para as start-ups.
Até 31 de Março decorrem candidaturas para a Startup Lisboa Tech. As candidaturas são avaliadas por um júri que é constituído por empresários ou investidores do sector.
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Factor de selecção
João Vasconcelos defende que "o segredo não está nas ideias". Os projectos são escolhidos em função da equipa e da sua capacidade para "aguentar embates contraditórios". Já passaram por esta incubadora mais de cem empresas.
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