Desde a fundação, em 2020, já atraiu para Portugal mais de 110 milhões de euros de investimento estrangeiro, garante a Bridge In, startup especializada em apoiar empresas internacionais a criar e gerir operações em novos mercados, que arrancou a sua internacionalização por Espanha, onde chegou na primavera do ano passado, e anuncia, agora, a sua entrada em Itália.

“A escolha de Itália como próximo passo para a expansão resulta de uma combinação de fatores que a tornam num mercado altamente estratégico: trata-se da terceira maior economia da zona euro, com mais de 59 milhões de habitantes, um ecossistema académico de excelência que todos os anos forma milhares de engenheiros e perfis STEM, e uma forte presença de setores altamente regulados (como banca, seguros, saúde e farmacêutica), onde é obrigatória a existência de estruturas locais para operar”, explica a Bridge In, em comunicado.

“Ao mesmo tempo, as barreiras linguísticas e os processos administrativos morosos tornam a entrada no mercado num desafio, mesmo para empresas internacionais experientes”, acrescenta a empresa.

Com um efetivo de 30 pessoas, que “crescerá a curto prazo com novas contratações para as áreas de marketing e vendas, engenharia e operações”, a Bridge In prevê constituir uma equipa de 10 pessoas em Itália “até ao final de 2026”, tendo como meta em território transalpino “concretizar pelo menos três projetos completos de constituição e gestão de empresas para clientes internacionais, expandindo progressivamente a oferta de ‘employer of record’ e processamento salarial”.

Afiançando deter um portefólio de “mais de 140 clientes de mais de 50 países”, e “embora Portugal continue a liderar a faturação em 2025”, a Bridge In espera que Itália represente “pelo menos 30% da receita total já em 2026”.

“Caso consiga replicar os resultados obtidos em Portugal, o potencial combinado dos mercados espanhol e italiano poderá superar os 100 milhões de euros em faturação num prazo de três anos”, estima.

“Queremos simplificar o caminho para empresas que querem instalar-se em Itália, tal como já temos vindo a fazer com sucesso em Portugal e, mais recentemente, em Espanha. É precisamente em mercados grandes, com muito talento, mas fortes barreiras à entrada, que a nossa experiência em compliance e gestão local acrescenta verdadeiro valor, reduzindo riscos e acelerando operações”, afirma Elisa Tarzia, vp of growth da Bridge In.

“O nosso objetivo passa por crescer com solidez e criar uma operação sustentável, que possa servir como base para novas geografias no futuro”, aponta Elisa Tarzia.

A Bridge In “quer estar em toda a Europa num prazo de cinco anos”, adiantando que “Grécia e Irlanda já estão no radar, assim como oportunidades noutras geografias, como África do Norte, Médio Oriente e Ásia”.