Amazon supera expectativas com vendas líquidas de 155,67 mil milhões

Lucros robustos nos primeiros três meses do ano animaram os mercados, mas perspetivas mais tímidas para o segundo trimestre levaram as ações a cair 4,5% após o fecho.
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Pascal Rossignol / Reuters
Marta Velho 01 de Maio de 2025 às 22:28

A Amazon apresentou resultados sólidos no primeiro trimestre de 2025, com vendas líquidas de 155,67 mil milhões de dólares, um crescimento de 8,6% face ao ano anterior, superando a estimativa média dos analistas (155,16 mil milhões). O lucro por ação foi de 1,59 dólares, acima dos 1,36 previstos, sustentado por uma forte performance do segmento cloud e por margens operacionais em expansão.

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O rendimento operacional atingiu 18,41 mil milhões de dólares, um salto de 20% em relação ao ano passado e também acima das expectativas (17,51 mil milhões), com uma margem operacional global de 11,8%.

No entanto, as previsões da gigante do comércio eletrónico para o segundo trimestre deixaram os investidores apreensivos. A Amazon estima um rendimento operacional entre 13,0 mil milhões e 17,5 mil milhões, abaixo do consenso de 17,82 mil milhões. Já as receitas deverão situar-se entre 159,0 mil milhões e 164,0 mil milhões, em linha com as projeções dos analistas (161,42 mil milhões), o que representa um crescimento esperado entre 7% e 11% face ao período homólogo.

A divisão Amazon Web Services, motor de lucro da empresa, cresceu 17% no trimestre, gerando 29,27 mil milhões de dólares em vendas, em linha com as previsões. As vendas nas lojas online cresceram 5% para 57,41 mil milhões e as físicas subiram 6,4%, atingindo 5,53 mil milhões.

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Apesar dos resultados positivos, o abrandamento nas previsões de lucros levou as ações da empresa a recuar 4,5% nas negociações pós-fecho, fixando-se nos 181,58 dólares. A Amazon justificou o outlook mais conservador com fatores como o impacto cambial de cerca de 10 pontos base e o aumento das despesas logísticas, que cresceram 10% para 24,59 mil milhões de dólares.

Com 78 recomendações de compra e nenhuma de venda entre os analistas seguidos pela Bloomberg, a Amazon mantém uma forte confiança do mercado — mas os investidores esperam ver como a empresa vai gerir os custos e sustentar o crescimento nos próximos trimestres.

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