Comprar "chips" da Huawei? EUA alertam para "violação do controlo de exportação"

O Departamento do Comércio dos EUA emitiu um parecer não favorável à compra de tecnologia chinesa. Quem comprar os novos "chips" da Huawei enfrenta pesadas coimas por parte dos Estados Unidos.
AP
Inês Pinto Miguel 14 de Maio de 2025 às 10:22

Os Estados Unidos da América (EUA) advertiram as empresas mundiais para a compra e uso de "chips" fabricados pela Huawei. Para a administração de Donald Trump, as empresas que optem por esta tecnologia chinesa enfrentam coimas por violação dos controlos de exportação dos EUA.

De acordo com o Financial Times, o Departamento do Comércio emitiu um parecer onde indicou que os processadores Ascend, produzidos pela Huawei, estão sujeitos a controlo de exportação por conterem ou serem fabricados com tecnologia norte-americana. 

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Os Estados Unidos estão a adotar uma abordagem rigorosa em relação aos "chips" de origem estrangeira. "O uso de 'chips' Huawei Ascend, em qualquer lugar do mundo, viola os controlos de exportação dos EUA", disse o Departamento do Comércio, apesar de não ter emitido novas regras. 

"Esta orientação é uma confirmação pública de uma interpretação de que até o mero uso de um circuito integrado de computação avançada da Huawei violaria as regras de controlo de exportação", disse ao Financial Times o advogado Kevin Wolf, especialista no tópico. 

Atualmente, três "chips" da Huawei Ascend estão sujeitos a restrições, com os EUA a dizerem que estes foram projetos com "determinado software ou tecnologias" americanas. 

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A orientação chega num momento em que a Huawei, excluída de novos mercados, acelerou o desenvolvimento e produção de "chips" de IA para fornecer os equipamentos à economia chinesa, quando as tarifas ameaçaram as empresas e as suas contas.

A principal preocupação dos EUA está no facto da Huawei iniciar a venda para mercados estrangeiros, onde existe a competição direta da americana Nvidia, podendo tirar-lhe quota de mercado. Contudo, o CEO da Nvidia elogiou a concorrente, admitindo que a política dos EUA poderia ajudar a empresa a competir num cenário global, uma vez que a fabricante americana teria de aumentar significativamente os preços.

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