Mais de um ano depois, compra da Activision pela Microsoft pode avançar

Regulador britânico deu "luz verde" ao negócio, que foi anunciado em janeiro do ano passado, eliminando, assim, o último entrave à maior compra alguma vez feita no mundo dos jogos online. O negócio está avaliado em 69 mil milhões de dólares (62,2 mil milhões de euros).
Microsoft
Justin Lane/Epa
Sílvia Abreu 13 de Outubro de 2023 às 14:50

Ao fim de mais de um ano, a aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft pode avançar. O regulador britânico deu esta sexta-feira "luz verde" ao negócio de 69 mil milhões de dólares (62,2 mil milhões de euros ao câmbio atual), eliminando assim o último entrave à maior compra alguma vez feita no mundo dos jogos online.

A autorização da concorrência britânica surge meses depois de a gigante norte-americana ter assegurado o aval da Comissão Europeia e de um tribunal norte-americano ao negócio.

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A Autoridade da Concorrência e Mercados do Reino Unido (CMA na sigla em inglês) revelou hoje que os "remédios" aplicados pela Microsoft - com a venda de alguns direitos de jogos à francesa Ubisoft Entertainment - colocaram fim a quaisquer preocupações com a concorrência. Caiu, assim, por terra o único entrave à conclusão do negócio.

"Passámos uma mensagem clara à Microsoft de que a aquisição seria bloqueada a menos que endereçasse as nossas preocupações", afirmou Sarah Cardell, responsável pelo regulador britânico.

O acordo entre a Microsoft e a criadora do famoso "Call of Duty" foi fechado em janeiro do ano passado, tendo sido precisos mais de 20 meses para que a compra reunisse as aprovações necessárias por parte dos reguladores. O primeiro entrave foi conhecido em abril, com a CMA a apontar riscos de o negócio dar à gigante norte-americana o controlo sobre o mercado de "gaming".

"Passámos uma mensagem clara à Microsoft de que a aquisição seria bloqueada a menos que endereçasse as nossas preocupações", afirmou Sarah Cardell, responsável pelo regulador britânico.

Foi o primeiro verdadeiro teste à influência do regulador britânico desde o Brexit. Mesmo dentro do Reino Unido, o apoio do governo foi limitado, com o ministro das Finanças, Jeremy Hunt, a afirmar que, apesar de não querer interferir na independência do órgão, os reguladores dveriam focar-se em encorajar o investimento.

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Depois de meses de expectativa, as ações da Microsoft reagiram de forma muito ligeira às notícias na abertura de Wall Street. Os títulos da tecnológica valorizam 0,24% para 331,96 dólares.

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