Receitas de audiotexto caem 17%; serviços eróticos representam 58% do total

Os serviços telefónicos de audiotexto, anteriormente designados de valor acrescentado, facturaram 3,35 milhões de euros (673 mil contos) no segundo trimestre, o correspondente a uma quebra de 17% face ao trimestre anterior. Os serviços eróticos representaram 58% do total facturado.

Contudo, o número de chamadas para os serviços de audiotexto, entre Abril e Junho, cresceu face ao trimestre anterior na ordem dos 48% para as 998 mil chamadas, de acordo com os dados do Instituto de Comunicações de Portugal (ICP), regulador do sector.

Este crescimento foi resultado do aumento de chamadas para o serviço de televoto em 87% face ao primeiro trimestre de 2001.

A subida do número de chamadas no segundo trimestre não se reflectiu na respectiva subida do montante das receitas geradas, uma vez que os serviços telefónicos de televoto são os serviços com menor custo por chamada.

Segundo os dados do ICP, as receitas por chamadas dos serviços de televoto ascenderam a 0,5 euros (100 escudos), o que contrasta com as receitas por chamadas dos serviços de venda que atingiram valores de 41,51 euros (8.323 escudos) ou dos serviços eróticos de 21 euros (4.188 escudos).

Os serviços telefónicos de audiotexto eróticos do indicativo 648 representaram 58% do total das receitas facturadas pelos serviços de audiotexto, entre Abril e Junho de 2001, segundo o ICP.

No final de Junho, existiam 28 operadores de audiotexto em actividade, estando 80 licenciados para o fazer, segundo os dados do ICP.

Desde de sábado passado, o acesso aos números de audiotexto está barrado por defeito, excepto os números de serviços de televoto, facto que poderá levar à quebra de receitas deste tipo de serviços.

O barramento por defeito aplica-se aos números iniciados por 601- serviços de valor acrescentado em geral, 608- serviços de televendas; o 646- serviços de concursos e passatempos; e o 648- serviços eróticos.