Apple quer "reinventar" o iPhone em três anos: versão Air em setembro e dobrável em 2026
A empresa delineou um plano de inovação por etapas que promete devolver ao iPhone algum do protagonismo perdido face à concorrência. Em 2027, a aposta vai cair sobre um smartphone com ecrã de vidro curvado.
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A Apple prepara-se para lançar a maior transformação do iPhone em mais de uma década. Depois de anos de mudanças discretas no hardware, a empresa vai apostar em três anos consecutivos de redesenhos profundos do seu produto mais emblemático, o que deverá marcar um ponto de viragem no ciclo de inovação da tecnológica, avança a Bloomberg.
A primeira etapa deverá acontecer já em setembro, com o lançamento de um novo modelo, o iPhone Air, que promete ser o smartphone mais fino da história da empresa, com apenas 5,5 mm de espessura. Inspirado na filosofia do computador portátil MacBook Air, o novo smartphone será mais leve e portátil, substituindo o iPhone 16 Plus. Mas a elegância terá custos: a autonomia de bateria será mais limitada e o dispositivo contará apenas com uma câmara traseira. Além disso, não terá ranhura para cartões SIM físicos.
O iPhone Air deverá incluir ainda o primeiro modem 5G desenvolvido internamente pela Apple, o C1 (mas já lançado na versão iPhone 16e), sinalizando a saída gradual da dependência tecnológica da Qualcomm. O ecrã terá 6,6 polegadas com tecnologia ProMotion de 120 Hz, aproximando-se das características já exclusivas dos modelos Pro, avança a Bloomberg.
Em paralelo, a Apple apresentará a uma nova família de smartphones, composta pelas versões iPhone 17, 17 Pro e 17 Pro Max. Estes modelos manterão um design semelhante à atual série, mas contarão com melhorias no sistema de câmaras, um novo acabamento traseiro e novas opções de cor, incluindo o laranja nos modelos Pro.
Primeiro dobrável da Apple será lançado em 2026
A verdadeira mudança, contudo, está prevista para 2026, com a chegada do primeiro iPhone de ecrã dobrável. Com o nome de código V68 e confirmando os rumores, o modelo abrir-se-á em formato de livro, transformando-se num pequeno tablet, numa lógica semelhante à dos Galaxy Fold da Samsung.
De acordo com a Bloomberg e o The Economic Times, o dispositivo incluirá quatro câmaras - uma frontal, uma interna e duas traseiras - e trará de volta o Touch ID em vez do Face ID. Para mitigar um dos problemas mais criticados dos dobráveis, a Apple está a adotar tecnologia de ecrã “in-cell”, que reduz a visibilidade da dobra e melhora a resposta ao toque.
A produção do iPhone dobrável deverá arrancar no início de 2026, com lançamento previsto para o outono desse ano. Os analistas citados pela Bloomberg sublinham que este poderá ser o próximo grande catalisador de vendas para a marca, recuperando o “efeito wow” que a Apple tem vindo a perder nos últimos anos.
O ciclo de inovação completa-se em 2027, ano em que a Apple celebra os 20 anos do iPhone. Para marcar a data, a empresa prepara um modelo com vidro curvado em toda a volta, rompendo definitivamente com o design retangular introduzido em 2020. Segundo a AppleInsider, o dispositivo será acompanhado pela nova interface “Liquid Glass”, prevista para o iOS da próxima geração, reforçando o carácter futurista do aparelho.
Este plano de três anos consecutivos representa uma mudança de ritmo para a Apple, que durante muito tempo se limitou a atualizações incrementais no hardware. Agora, ao apostar no iPhone Air, no primeiro dobrável e numa reinvenção estética em 2027, a empresa procura recuperar o impacto e o fascínio que caracterizaram os lançamentos mais icónicos da sua história. Recentemente, a Apple tem investido num plano para recuperar a "pujança", através do desenvolvimento de um robô de mesa e a melhoria da Siri, a assistente virtual inteligente da Apple.
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