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Galaxy Note 7 leva acções da Samsung a afundarem 11%

A marca perdeu 22 mil milhões de dólares do seu valor em apenas duas sessões devido às baterias explosivas.

Galaxy Note7
Galaxy Note7 DR Samsung
12 de Setembro de 2016 às 10:02

As baterias defeituosas da Samsung, usadas no seu mais recente dispositivo electrónico e que podem explodir ao carregar, levaram as acções da companhia a afundarem 6,98% esta segunda-feira, 12 de Setembro.

Os títulos caíram abruptamente na bolsa de Seul depois da companhia ter aconselhado os seus clientes a deixarem de usar os telemóveis inteligentes "Galaxy Note 7" pelo risco de entrar em chamas enquanto carregam, avança a CNN e a Bloomberg.

Em apenas duas sessões, sexta e segunda-feira, as acções da Samsung recuaram 11%, perdendo 22 mil milhões de dólares do seu valor (19,5 mil milhões de euros).

A marca sul-coreana suspendeu as vendas do modelo e já pediu aos seus clientes para devolverem telemóveis para serem substituídos.

Lançou assim uma mega-operação de recolha de 2,5 milhões de Note 7 em todo o mundo, depois de 35 destes telemóveis terem alegadamente explodido durante o carregamento. Operação esta que poderá vir a custar um total de mil milhões de dólares (880 milhões de euros).

Além dos graves danos na reputação da companhia sul-coreana, a agravar a situação está o facto do seu maior rival ter também colocado no mercado o seu novo modelo: o Apple iPhone 7.

Em Portugal, o modelo agora recolhido pela Samsung estava para ser lançado no dia 9 de Setembro, mas as três operadoras nacionais suspenderam a sua comercialização.

Os riscos levaram o regulador norte-americano de aviação, e três companhias aéreas australianas, a pedirem aos passageiros para não despacharem o aparelho na bagagem e para não ligar nem equiparem o equipamento a bordo.

Os analistas destacam os dados reputacionais para a marca sul-coreana. "Se alguém vai comprar um telemóvel, vai comprar um iPhone 7 e não um Note 7", disse à CNN o analista da Bernstein, Mark Newman, destacando que o modelo da Samsung recebeu melhores críticas.

O analista considera que a marca deve actuar rapidamente sob risco de prejudicar mais a sua reputação e as vendas do próximo ano. Já no longo prazo, a "Samsung é uma marca forte com bons produtos. A maioria deles não explode".

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