Grupo promete disponibilizar ferramentas para novos ciberataques
O ShadowBrokers - que terá estado por detrás da divulgação do software roubado à NSA, usado nos recentes ciberataques, - anunciou que vai começar a vender em breve novas ferramentas que podem ser usadas pelos "hackers".
Depois do ciberataque que na semana passada afectou mais de 150 países bloqueando 200 mil equipamentos informáticos através de software malicioso, o grupo alegadamente responsável pela divulgação deste malware promete agora disponibilizar novas ferramentas para permitir aos piratas informáticos acederem a computadores, a software e a telefones.
Numa publicação num blogue, a organização ShadowBrokers ameaça começar a revelar esses instrumentos a partir do próximo mês, a troco de pagamento. Além disso, promete divulgar dados dos bancos utilizando a rede internacional de transferências de dinheiro, SWIFT, bem como pormenores sobre os programas nucleares russo, chinês, iraniano ou norte-coreano, avança a Reuters.
Os novos dados serão divulgados numa base mensal, designada TheShadowBrokers Monthly Data Dump, prometendo a organização "mais detalhes em Junho".
Terá sido a ShadowBrokers a disponibilizar o malware alegadamente desenvolvido pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos, o WannaCrypt, e que esteve na origem da operação de encriptação de dados de computadores com sistema Windows que se iniciou na sexta-feira passada.
Os autores do ataque - que explorou vulnerabilidades do sistema operativo e afectou a operação, entre outros, de hospitais, operadores comunicações, bancos ou operadores de transportes, especialmente na Rússia - pedem um resgate a ser pago em bitcoins em troco do desbloqueio dos sistemas.
A origem deste incidente ainda não está esclarecida, mas a expansão dos seus efeitos terá sido travada por um técnico de 22 anos, o autodidacta Marcus Hutchins, que detectou que o software usado estava insistentemente a tentar contactar um endereço específico de internet que não se encontrava, contudo, registado em nome de ninguém.
Com cerca de 10 dólares comprou o registo do endereço e a partir daí conseguiu perceber o rasto dos ataques e dos pedidos de resgate que eram feitos e alterar o código introduzindo-lhe um "kill switch", um género de interruptor de emergência.
(Notícia actualizada às 15:10 com mais informação)
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