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Huawei anuncia que lançará em 2026 novo chip de inteligência artificial

O anúncio surge numa altura em que Pequim intensificou o apoio à indústria nacional de semicondutores, em contexto de tensões tecnológicas com Washington.

Huawei anuncia que lançará em 2026 novo 'chip' de inteligência artificial
Huawei anuncia que lançará em 2026 novo 'chip' de inteligência artificial Wolf von Dewitz / picture-alliance / dpa / AP Images
07:13

A tecnológica chinesa Huawei prevê lançar no primeiro trimestre de 2026 um novo processador de inteligência artificial, o Ascend 950PR, no âmbito dos esforços da China para reduzir a dependência de semicondutores estrangeiros.

O calendário do novo componente foi anunciado esta quinta-feira, durante a conferência anual Huawei Connect, em Xangai, onde a empresa destacou que o 'chip' terá memória avançada para processamento de dados em larga escala.

Citado pelo jornal local Yicai, o presidente rotativo da companhia, Eric Xu, disse que o 950PR integra uma nova série de processadores Ascend, que inclui também os modelos 950DT, 960 e 970, a lançar nos próximos três anos.

O anúncio surge numa altura em que Pequim intensificou o apoio à indústria nacional de semicondutores, em contexto de tensões tecnológicas com Washington.

A Administração do Ciberespaço da China, principal regulador da Internet no país, concebidos especificamente para o mercado chinês, noticiou esta semana o Financial Times.

Fontes citadas pelo jornal britânico referiram que os reguladores chineses acreditam que os processadores desenvolvidos na China já oferecem um desempenho comparável ao dos produtos da Nvidia autorizados para venda no país.

Em maio, a Secretaria de Indústria e Segurança do Departamento do Comércio dos EUA advertiu para os riscos do uso de semicondutores chineses, incluindo os 'chips' Ascend da Huawei, entre eles os modelos 910B, 910C e 910D, que terão sido "provavelmente desenvolvidos e produzidos em violação dos controlos de exportação norte-americanos".

Pequim acusou então Washington de abusar desses controlos com o objetivo de travar o desenvolvimento tecnológico do país.

O setor dos semicondutores é considerado estratégico para a China, que o vê como um dos pilares para reforçar a autossuficiência tecnológica e reduzir a dependência externa num cenário de guerra comercial e sanções dos EUA.

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