"Nunca me senti ofendido por nenhum membro do Governo", diz líder da Anacom
João Cadete de Matos, que lidera o regulador das comunicações em Portugal, que foi alvo de críticas por parte do primeiro-ministro devido ao leilão do 5G, afirma que não se sentiu ofendido ou ponderou demitir-se do cargo que ocupa nesta entidade.
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"Não fiz até hoje comentários à afirmações de qualquer membro do Governo. O que digo e repito é que ao longo do processo, as reuniões e contactos que houve com o Governo, sobretudo com ministro da pasta do setor [Pedro Nuno Santos], os contactos foram sempre exemplares do ponto de vista do respeito e independência da Anacom."
Questionado em conferência de imprensa sobre as declarações de António Costa, feitas na semana passada, Cadete de Matos destaca o "foco" na missão. "Nunca me senti ofendido por nenhuma declaração de um membro do Governo. Nunca ponderei demitir-me."
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O primeiro-ministro afirmou que o modelo de leilão para a quinta geração de comunicações móveis (5G) "inventado pela Anacom" é o "pior possível", razão pela qual está a provocar um "atraso imenso" ao desenvolvimento da rede em Portugal.
"Estamos todos de acordo que o modelo de leilão que a Anacom inventou é, obviamente, o pior modelo de leilão possível. Nunca mais termina e está a provocar um atraso imenso ao desenvolvimento do 5G em Portugal", afirmou António Costa, na semana passada, na Assembleia da República.
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O leilão do 5G chegou ao fim uma semana depois. João Cadete de Matos refere que o término do leilão é uma questão a que "só cada uma das empresas poderá responder." "Tínhamos a certeza absoluta de que leilão teria de terminar, a não ser que as empresas tivessem um poço sem fundo que lhes permitisse investir muito mais."
"Estávamos preparados para que leilão pudesse durar mais algumas semanas", garantiu o líder do regulador das comunicações.
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