Terra Peregrin esqueceu-se dos accionistas norte-americanos da PT
O relatório do conselho de Administração da PT SGPS sobre a oferta pública de aquisição da Terra Peregrin conclui que "a oferente refere nos documentos da oferta serem objecto da mesma a totalidade das acções representativas do capital social da Portugal Telecom, incluindo as acções subjacentes aos ADR representativos de acções ordinárias da Portugal Telecom, incluindo as acções ordinárias detidas por pessoas norte-americanas".
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No entanto, "até à data em que o presente relatório foi preparado", o conselho diz não ter "nenhum indício ou evidência de que a oferente tenha comunicado a oferta ou os documentos aos accionistas norte-americanos da Portugal Telecom, ou arquivado qualquer comunicação a este respeito junto da SEC [Securities and Exchange Commission, entidade reguladora dos mercados de capitais nos EUA]".
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Ao lançar a oferta apenas em Portugal, a Terra Peregrin "está a impor que os accionistas, detentores de ADR (American Depositary Receipts), caso pretendam aceitar a oferta, tenham previamente de converter os seus ADR em acções ordinárias, o que importará suportar custos significativos com a referida conversão".
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Além disso, não terão "qualquer garantia de que as mesmas serão adquiridas na oferta, já que a eficácia desta está condicionada a que a oferente adquira pelo menos 50,01% dos direitos de voto da Portugal Telecom".
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Haveria ainda um custo adicional em converter novamente tais acções ordinárias em ADR, caso a oferente não venha a adquirir pelo menos 50,01% dos direitos de voto da Portugal Telecom.
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Os ADR são certificados de depósito representativos de acções de empresas estrangeiras, negociadas em bolsa no país de origem, que são transaccionados em bolsas norte-americanas como se de acções se tratassem.
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