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Anacom multa Worten e Continente Modelo por venda de rádios que não cumpriam a lei

O regulador do setor das comunicações aplicou coimas às empresas do Grupo Sonae que totalizam 515 mil euros por comercialização de equipamentos de rádio que não cumprem os requisitos legais.

Miguel Baltazar
24 de Janeiro de 2024 às 11:17

A Worten e a Continente Modelo foram sancionadas  em meio milhão de euros pelo regulador do setor (ANACOM) por venderem equipamentos que não cumprem os requisitos legais. Em causa esteve a comercialização de equipamentos de rádio. "Em ambos os casos foram-lhes ainda aplicadas sanções acessórias de perda a favor do Estado  dos equipamentos desconformes", detalha o regulador liderado por Sandra Maximiano em comunicado.

No caso da Worten, a ANACOM aplicou uma coima única de 291.250 euros, além das sanções acessórias de perda a favor do Estado de unidades de 34 modelos de equipamentos de rádio. Já a Modelo Continente viu ser-lhe aplicada uma multa de 223.700 euros, tendo sido apreendidos em favor do Estado 21  equipamentos.

O regulador explica que na base da decisão esteve a comercialização de modelos de equipamentos de rádio em que, enquanto fabricante, alguns não tinham o nome do modelo, o número de lote e de série, ou qualquer outro elemento de identificação.

Além disso, "não tinham aposto o nome do fabricante, o seu nome comercial registado ou a marca registada, bem como o seu endereço postal de contacto, com indicação de um ponto de contacto único".

Na análise levada a cabo pela ANACOM, foi verificado ainda que não existiam instruções e informações de segurança, em português e alguns modelos não se encontravam acompanhados de informações sobre as faixas de frequência em que funcionam e sobre a potência máxima de radiofrequência transmitida pelas mesmas.

Outro dos motivos que levou a ANACOM a avançar com coimas está relacionado com o facto de a comercialização de modelos de equipamentos de rádio, enquanto importadores, não estar acompanhada de uma  cópia da declaração UE de conformidade ou de declaração de conformidade simplificada (válida).

A entidade liderada por Sandra Maximiano explica que a ausência deste tipo de informação é penalizadora para os consumidores por várias razões, entre as quais por poder comprometer a sua devida utilização devido à falta de instruções e garantia que os equipamentos foram validados. 

 

"A não aposição de marcação CE visível nos equipamentos implica que os consumidores não possam ter a completa garantia de que as mesmas correspondem aos níveis ótimos de segurança na utilização exigidos ao nível europeu", detalha a ANACOM. 

Além disso, a falta de indicação do endereço postal do fabricante implica uma dificuldade acrescida, ou mesmo a impossibilidade, de os consumidores contactarem com aquele para qualquer efeito de que necessitem, nomeadamente em caso de o produto que adquirem se encontrar defeituoso.

(Notícia atualizada às 11h38)

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