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Meo tem a porta aberta a saídas voluntárias até ao final do mês

A Altice Portugal quer transformar-se em operador digital no espaço de dois anos, afastando-se da ideia de um operador de telecomunicações. Reestruturação na denominação leva a mexidas no número de trabalhadores.

Alexandre Azevedo
08 de Julho de 2025 às 14:15

A Meo vai avançar com um programa de "saídas voluntárias", argumentando que está num processo para se transformar num operador digital nos próximos dois anos. O Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT) indica esta terça-feira que foi informado sobre este programa numa reunião com a CEO da Altice Portugal, Ana Figueiredo, com o mesmo a consistir na entrada da pré-reforma, em rescisões por mútuo acordo e incentivos à reforma.

O Negócios contactou a Meo, mas até ao momento não foi possível apurar quantos trabalhadores estarão abrangidos por este programa.

O STT dá conta da existência de "inscrições" para este programa de saídas, embora apele à ponderação dos trabalhadores, uma vez que "não é uma via aberta garantida para a saída", dado que "só poderia sair quem a gestão validasse". 

Por isso mesmo, o sindicato apela aos trabalhadores para pesarem "todos os prós e contras" e "comparar o que se pode perder e o que se pode ganhar". 

Este plano indica que o sistema de pré-reforma pode abranger quem trabalha "numa empresa 100% Meo SGPS e completa 60 anos até 30 de junho de 2026 e tenha no mínimo 15 anos de antiguidade". Já a rescisão por acordo mútuo não tem limite de idade ou de antiguidade. "As inscrições decorrem entre 30 de junho e 31 de julho", indica o sindicato.

O sindicato lembra que este programa de saídas acontece depois da venda da Altice Portugal ter sido parada, mesmo após várias propostas em cima da mesa, sendo que atualmente apenas o Data Center da Covilhã se encontra aberto a uma possível venda. 

"Todos sabemos que estas saídas, embora teoricamente açucaradas e socialmente mais toleráveis, servem e muito o 'dono' da Altice, porque reduz a conta de custos com pessoal (passam custos para responsabilidades futuras), serve o planeamento fiscal e o carrossel contabilístico e melhora rácios e itens importantes na avaliação da empresa no endividamento ou na venda por inteiro ou em pedaços", critica o STT. 

Em agosto do ano passado, a administração da Altice Internacional afastava uma venda da totalidade da Altice Portugal a "curto prazo", embora estivesse a explorar opções de venda de ativos em solo português.

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