Comissão para o aeroporto responde a Santarém: afirmações são "especulativas"
A Comissão Técnica Independente (CTI) para o novo aeroporto prefere não fazer comentários específicos às críticas feitas esta quinta-feira pelo consórcio do aeroporto em Santarém. Questionada pelo Negócios, fonte oficial do grupo de trabalho liderado por Maria Rosário Partidário, fala em afirmações "especulativas" e diz que responderá apenas "quando tiver feito uma análise profunda de todas as pronúncias apresentadas", de modo a respeitar o processo de consulta pública que termina esta sexta-feira, 26 de janeiro.
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"A CTI agradece os desafios lançados quotidianamente pelos operadores com interesses privados e até a divulgação pública de propostas com o objetivo de influenciarem a apreciação desta comissão", começou por explicar. "Acontece que a CTI é reconhecidamente independente e tais propostas serão analisadas na devida sede, com processos e metodologias próprias de análise. O que requer tempo e ponderação, até por respeito a todos os demais comentários recebidos, cujo mérito à partida deve merecer a mesma ponderação", acrescentou.
O Magellan 500, consórcio promotor do projeto para o novo aeroporto em Santarém, continua a defender que desenharam a melhor solução para a nova infraestrutura aeroportuária. Carlos Brazão, porta-voz do consórcio, teceu várias críticas ao relatório preliminar da avaliação ambiental estratégica apresentado a 5 de dezembro, e que apontou o Campo de Tiro de Alcochete e Vendas Novas como as únicas soluções viáveis. E defendeu que a análise da comissão técnica às zonas de influência não está conforme as recomendações da Comissão Europeia, o que acaba por ter múltiplas implicações
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"Como promotores apresentam posições coerentes com os seus interesses privados, que são legítimos, mas recorrendo a afirmações e interpretações de análises e posições que a CTI não reconhece, e que, por conseguinte, se tornam especulativas", comentou a mesma fonte oficial.
O grupo de trabalho assegura ainda que "continuará a acautelar e salvaguardar o interesse público, o que implica ouvir todas as partes interessadas e respeitar um processo de consulta que ainda está em curso. Por mais mérito que tenham as pretensões apresentadas, a CTI responderá apenas quando tiver feito uma análise profunda de todas as pronúncias apresentadas".
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"Recorda-se que de entre os princípios da avaliação estratégica realizada está o interesse público, a importância para o desenvolvimento nacional, no longo prazo e a sustentabilidade global da solução estratégica final", concluiu.
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