PS contra venda integral da TAP no futuro e exige reembolso dos 3,2 mil milhões aos contribuintes
O secretário-geral do Partido Socialista (PS) diz que a opção de venda da minoria do capital social da TAP é "adequada", tal como as salvaguardas que o primeiro-ministro referiu, especialmente a garantia do "hub" ficar em Lisboa. Ainda assim, José Luís Carneiro lembrou existirem condições, nomeadamente que a privatização não se estenda à maioria do capital e que os mais de três mil milhões investidos pelo Estado sejam devolvidos.
"Há duas condições que exigimos. Os três mil milhões de euros que foram investidos pelo Estado na pandemia devem, no médio e longo prazo, ser objeto de reembolso aos contribuintes portugueses" e que "o ponto de partida deve ser também o ponto de chegada, ou seja, nenhum acordo parassocial pode alterar ou colocar em causa a confiança destes pressupostos", disse o líder da terceira força política.
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Sobre a devolução dos 3,2 mil milhões de euros que foram injetados na companhia nos últimos anos, José Luís Carneiro admite que "há investidores que conhecem o potencial estratégico e económico da TAP" e que este fator não será impedimento para a chegada de parceiros. "Estou confiante de que não faltarão investidores" para comprar a TAP.
Já sobre uma potencial venda integral da TAP no futuro, o líder do PS admitiu que esta é uma preocupação. "Em circunstância alguma aceitaremos que se possa colocar o pressuposto de uma venda integral no futuro", disse, admitindo que essa decisão colocaria em causa a confiança das salvaguardas referidas.
Saudando a decisão do Governo, o PS considera que Portugal deve "manter a maioria da estrutura acionista para assegurar quatro objetivos primordiais", especificamente o "hub sediado em Lisboa", "garantir ligação com comunidades portuguesas no estrangeiro", "continuar a funcionar como instrumento de desenvolvimento da nossa economia que assenta, em grande medida, no turismo" e enquanto "fator de coesão territorial ao assegurar o serviço público às Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira".
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