Reforço de efetivos não evita longas filas e várias horas de espera no aeroporto de Lisboa

Este domingo voltaram a registar-se longas filas no controlo de fronteiras no aeroporto. Ministério da Administração Interna (MAI) tinha feito reforço com 80 efetivos da PSP antes do Natal para tentar evitar o caos.
Foto de arquivo do aeroporto de Lisboa
Tiago Petinga / Lusa
Rui da Rocha Ferreira 15:20

Os relatos nas redes sociais de quem tem enfrentado longas filas de espera no aeroporto de Lisboa variam entre si, mas todos têm algo em comum: a duração prolongada até ao momento de passagem no posto de controlo de pessoas oriundas de fora do espaço Schengen.

Há quem fale em três horas de espera. Há quem relate cinco horas de espera. Há quem relate mais. "Após 12 horas de voo, tivemos que aguardar mais de seis horas na fila da imigração para entrar em Portugal, no aeroporto de Lisboa. Sem água, ou comida", um utilizador na rede social X, pouco depois da meia-noite deste domingo.

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Um outro utilizador e também com um tempo de espera de seis horas para passar no controlo de imigração. O caos à chegada ao aeroporto, reportada também pelos familiares de várias pessoas retidas nas filas de controlo de fronteiras, ouvidas pela , confirmam a situação difícil para quem chega de voos de fora do espaço Schengen

O Negócios questionou a ANA - Aeroportos, empresa responsável pela gestão dos aeroportos portugueses, e o Ministério da Administração Interna – que tutela a Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras (UNEF) da Polícia de Segurança Pública (PSP), responsável pelo funcionamento do controlo de fronteiras no aeroporto – sobre a situação no aeroporto de Lisboa, mas não obteve ainda resposta.

No site da ANA existe um aviso destacado. "Devido a alterações no controlo de fronteiras é expectável aumento dos tempos de espera. Recomendamos chegada antecipada ao aeroporto", lê-se no alerta.

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Se neste domingo os tempos de espera atingiram um novo pico, a situação tem vindo a repetir-se noutros dias. Já a 16 de dezembro, a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, admitia no Parlamento a existência de tempos de espera médios de "três horas e máximas de seis horas", admitindo igualmente que a integração dos novos sistemas no controlo de entradas e saídas do espaço Schengen "correu muito mal".

Três dias depois, o ministério por si tutelado anunciava um reforço de 80 efetivos no aeroporto para tentar responder da melhor forma a uma época que se caracteriza também de maior afluência nas chegadas. No dia 23 de dezembro, MAI garantia mesmo que foi registada uma diminuição das filas e do tempo de espera no aeroporto de Lisboa e que todos os postos tinham agentes da PSP em permanência.

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