TAP vai aumentar bilhetes entre 3 a 25 euros

Aumento da sobretaxa vai traduzir-se "a curto prazo" na subida do valor dos bilhetes entre 3 a 25 euros. Se a viagem for ida e volta o aumento será o dobro, entre 6 e 50 euros. Sem adiantar a data para a subida da sobretaxa, a companhia explica ao Negócios que o valor vai flutuar tendo a conta o valor do petróleo e que pode ser diferente de rota para rota.
TAP
Miguel Baltazar
Ana Petronilho 17 de Março de 2022 às 15:05

A TAP vai aumentar a taxa de combustível, para suportar os custos que resultam da subida do valor do jetfuel, uma das despesas com mais peso nas companhias aéreas.

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Este aumento da taxa vai traduzir-se "a curto prazo" num aumento entre 3 a 25 euros no valor bilhetes tendo em conta "o momento" e "cada rota específica". Caso a viagem seja ida e volta o valor do aumento será o dobro: entre 6 a 50 euros, por passageiro. 

Sem adiantar uma data para a subida da taxa,  a companhia explica ao Negócios que o valor vai flutuar tendo em conta o valor do petróleo, a altura do ano, a classe do bilhete e pode ser diferente de rota para rota, sendo o aumento maior nas viagens de longo curso. 

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Em comunicado, a companhia diz que "os preços terão sempre de manter o equilíbrio, para que não reduzam a procura de viagens" de forma a que fique também garantida "a sustentabilidade dos voos".

Já na segunda-feira passada a presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, tinha dito que "é inevitável que os preços das viagens aumentem" tendo em conta a subida do valor dos combustíveis.

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Christine Ourmières-Widener disse, esta quinta-feira em declarações aos jornalistas na Bolsa de Turismo de Lisboa, que a subida do preço dos bilhetes "não foi uma decisão fácil" e que tem em conta as opções da concorrência, apontando que a British Airways e que a Latam tomaram decisões semelhantes. 

"Vivemos uma situação desafiante com a guerra. Não sabemos exatamente qual será o impacto, mas temos de estar preparados e por isso os preços das tarifas têm de subir", disse a presidente executiva da TAP.  

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A decisão da companhia portuguesa tem ainda em conta o cenário apontado por alguns analistas que "preveem para o setor da aviação um impacto extremo causado por este aumento brutal do combustível", que a longo prazo, pode "estabilizar".

A gestora tinha dito no início da semana que a avaliação da TAP só está protegida do aumento dos preços do combustível (hedging) durante seis meses (até junho) e que o cenário está a ser analisado "semanalmente".

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No entanto, esta quinta-feira, Christine Ourmiéres-Widener disse que a companhia já está em negociações para se proteger contra as oscilações de preços no combustível para o segundo semestre do ano. 

"Estamos a começar a fazer o hedging para o terceiro e quarto trimestres. Queremos chegar a uma cobertura de 50%, semelhante à do primeiro semestre, mas vai depender do preço do jet fuel", adiantou Christine Ourmières-Widener.

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A TAP refere ainda que neste Verão da IATA, que começa a 27 de Março, irá "repor cerca de 90% da capacidade que oferecia antes da pandemia, com a expectativa de que a procura acompanhe este aumento da oferta".

De acordo com a IATA, duas semanas depois da invasão da Rússia à Ucrânia, no início de março, o jetfuel tinha atingido os 141 dólares por barril, tendo subido 27% no espaço de um mês. 

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