Tripulantes da TAP aproveitam resultados positivos para exigir redução dos cortes salariais
Os tripulantes de cabina da TAP frisam que, com os resultados positivos esperados, a companhia e o Governo deixam de ter argumentos para manter o mesmo nível de cortes salariais aos trabalhadores.
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Os resultados anuais da TAP só deverão ser conhecidos em março, mas tanto o Primeiro-ministro como o ministro das Finanças já fizeram saber que a transportadora conseguiu "resultados positivos bastante antes do tempo que estava previsto no plano de recuperação", que vão permitir "melhores perspetivas para o futuro" da companhia.
Perante as declarações do Governo, ao Negócios, o presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Ricardo Penarroias, salienta que "a justificação para o Acordo Temporário de Emergência é cada vez mais diminuta" considerando ser "imperativo" que a TAP e o Governo "assumam a redução dos cortes, nomeadamente nos salários, não só para acompanhar essa evolução positiva dos resultados da empresa como para mitigar os efeitos da inflação que se faz sentir".
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Desde que a TAP começou a receber apoio financeiro do Estado que foram aplicados cortes salariais aos trabalhadores, estando hoje em vigor, em média, uma redução de 25% nas remunerações acima de 1.410 euros mensais.
Cortes e "rigidez financeira" que Ricardo Penarroias lembra que deram um "importante contributo" para os resultados da companhia.
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Os tripulantes e a TAP estão em conflito a propósito das negociações da revisão do Acordo de Empresa, que está em vigor desde 2006. As negociações já levaram o SNPVAC a convocar uma greve de dois dias - 8 e 9 de dezembro - estando no horizonte, até 31 de janeiro, uma paralisação de cinco dias, que será marcada em dias próximos do final deste mês.
Com o novo contrato coletivo, a companhia aérea quer aumentar o número de horas de trabalho dos tripulantes face a 2019. Além disso, a TAP quer aplicar um modelo de remunerações assente na produtividade, tendo como base os atuais valores que sofrem de um corte de 25% acima dos 1.410 euros. Condições que os tripulantes têm recusado aceitar.
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