Companhias aéreas estão a fugir do Médio Oriente após reacendimento do conflito
Diversas companhias aéreas estão a alterar rotas e a cancelar voos para fugir ao conflito que estalou entre o Irão e Israel após a entrada dos EUA.
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As companhias aéreas estão a fugir ao espaço que sobrevoa o Médio Oriente, após os Estados Unidos iniciarem os ataques ao Irão. Dados em tempo real do FlightRadar24 mostram que o Irão, a Jordânia e alguns emirados dos Emirados Árabes Unidos estão a ser evitados.
O conflito está a levar muitas companhias aéreas a cancelarem os voos para a região do Golfo Pérsico, com vários voos para o Dubai e Doha a serem anulados. De recordar que estes "hubs" internacionais são dos que apresentam mais movimento na região do Médio Oriente, até por uma questão de voos com escala.
De acordo com a Reuters, o espaço aéreo entre o Irão e Iraque até ao Mediterrâneo tem sido esvaziado de tráfego aéreo comercial desde que os ataques começaram, a 13 de junho. Citando preocupações com segurança e o fecho de espaço áreo, as companhias aéreas estão a desviar as rotas, a cancelar e a atrasar voos nesta região.
A Singapore Airlines optou por cancelar voos para o Dubai até terça-feira, embora tenha descrito a situação como "fluida". De acordo com a Bloomberg, também a British Airways cancelou vários voos que tinham o Dubai como paragem final e desviou duas aeronaves com o mesmo destino. No domingo, a British Airways já tinha desviado um voo da Arábia Saudita para Zurique, por conta do conflito.
A IAG admitiu que todos os voos de domingo e segunda-feira para esta região foram cancelados, estando a avaliar permanentemente a situação internacional. Contudo, a dona da Iberia e British Airways ainda não tomou qualquer decisão sobre voos futuros.
A Finnair cancelou todos os voos provenientes de Doha até terça-feira, enquanto a Air France optou por cancelar os voos de e para o Dubai e Riad entre domingo e segunda-feira.
Com o espaço aéreo da Ucrânia também evitado pela maioria das companhias aéreas, a rota do Médio Oriente tornou-se importante para interligar a Europa e a Ásia. Com os ataques da última semana, as companhias têm optado por seguir pelo Mar Cáspio, quando são destinos a norte, ou pelo Egito ou Arábia Saudita, quando seguem para destinos a sul.
Uma das maiores preocupações das transportadoras aéreas é o aumento dos custos com o combustível devido aos desvios que estão a ser feitos, isto numa altura em que se avizinha um acréscimo dos preços devido ao possível bloqueio do Estreito de Ormuz.
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