Rui Moreira: Se é para ser mais um Novo Banco, não vale a pena ajudar a TAP
O presidente da Câmara Municipal do Porto diz que só se a transportadora aérea obedecer a uma estratégia nacional é que faz sentido o Estado injetar dinheiro.
O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, diz que a ajuda dos portugueses à TAP só fará sentido se a empresa obedecer a "um desígnio estratégico nacional" e atira que, se for para ser um "novo Novo Banco, não vale a pena".
Numa entrevista à Antena 1, o líder camarário adianta que, não conhecendo o plano de reestruturação desenhado para a transportadora aérea, não fará sentido "salvar uma empresa privada, se for para fazer um novo Novo Banco".
Hoje, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) admitiu que o impacto orçamental das injeções de capital na TAP e no Novo Banco pode ser maior do que o previsto atualmente no orçamento suplementar.
"Existem vários fatores de risco em torno das projeções orçamentais" do orçamento suplementar, escreve a UTAO numa análise ao documento publicada nesta terça-feira, 16 de junho. O destaque vai para as injeções e transferências de capital previstas para a TAP e o Novo Banco. Centeno foi excelente ministro
Centeno foi excelente ministro
Quanto à sua possível ida para o Banco de Portugal, Moreira prefere abster-se de comentar, mas diz não conseguir compreender "que se façam leis à medida para o impedir de ir. Isso seria muito pouco democrático".
Isto depois de dois projetos de lei, do PAN e PEV, com novas regras para a nomeação do governador do Banco de Portugal, terem sido aprovados na semana passada, no Parlamento. Vão baixar agora à especialidade.
Não há incompatibilidade entre Câmara e FC PortoQuestionado sobre a possível ida para o conselho do clube azul e branco, depois do presidente reeleito Pinto da Costa ter dito que não se teria recandidatado se Rui Moreira tivesse avançado, o atual líder da Câmara Municipal não vê nenhuma incompatibilidade em conciliar o cargo de vice presidente do Conselho Superior do Futebol Clube do Porto e o de Presidente da Câmara.
"É um cargo consultivo e não remunerado e parece-me mesmo que a presença da Câmara num órgão destes devia ser mesmo por inerência", acrescenta Moreira.
Refere ainda que não se vai recandidatar a um terceiro mandato na Câmara. Na entrevista à Antena 1, garante mesmo que "não ocupará nenhum cargo político depois de ser Presidente da Câmara do Porto, muito menos, fora do Porto".
Mais lidas