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TAP chega a acordo com todos os sindicatos

Administração da TAP diz que a quebra de receitas nos próximos anos será "colossal". Em breve avançam as medidas de adesão voluntária, estando a empresa a trabalhar numa redução de custos para "ter benefícios financeiros de cerca de 1,5 mil milhões de euros até 2025.  

Miguel Frasquilho
Miguel Frasquilho Lusa
07 de Fevereiro de 2021 às 15:55

A administração da TAP informou este domingo os trabalhadores que alcançou o entendimento com todas as estruturas sindicais no que respeita aos Acordos de Emergência que vigorarão até 31 de dezembro de 2024, salientando que a "nova realidade" será submetida à Comissão Europeia.   

Numa mensagem enviada aos trabalhadores, a que o Negócios teve acesso, o "chairman" e o CEO da companhia aérea, Miguel Frasquilho e Ramiro Sequeira, lembram apenas que algumas estruturas têm ainda de ratificar esse acordos com os seus associados, "procedimento que a TAP seguirá na próxima reunião de conselho de administração".

"Todos preferiríamos não estar a viver este momento. Perante este desafio que é global, tornou-se evidente o quão essencial é para o futuro da TAP este assinalável feito de chegar a acordo com todas as estruturas representativas dos trabalhadores, em tão pouco tempo", dizem ainda os dois responsáveis na mensagem, em que expressam ainda "agradecimento à contribuição inestimável do Ministério das Infraestruturas e Habitação que foi, além de acionista, parte integrante de todo o processo negocial e determinante em muito dos momentos".

A administração da TAP garante que em breve será divulgado o conjunto de medidas laborais de adesão voluntária, o que "é um passo que não só vai ao encontro do entendimento alcançado, como é crítico e fundamental para a otimização dos recursos laborais, no adverso contexto operacional e económico decorrente da evolução da pandemia e das medidas tomadas para a conter, bem como no contexto do plano de reestruturação em curso". E lembra que da análise ao nível de adesão às medidas voluntárias, "decorre a implementação de outras medidas necessárias ao ajuste da estrutura de custos laborais compatível com o atual e projetado nível de operação e de receita".

Na mesma mensagem, Miguel Frasquilho e Ramiro Sequeira dizem ainda que "tendo consciência de que a quebra de receitas ao longo dos próximos anos será colossal e estimada em vários milhares de milhões de euros, recordamos que estamos igualmente a implementar uma vigorosa redução de custos nas várias áreas da empresa, que permitirão à TAP ter benefícios financeiros de cerca de 1.5 mil milhões de euros até 2025, bem como a trabalhar em medidas de eficiência organizacional, aumento da produtividade e de geração de receita adicional".

"Sabemos que este é um plano muito duro e exigente, feito de medidas difíceis, mas absolutamente necessárias para preservar a TAP e assegurar a manutenção do maior número de postos de trabalho", apontam ainda, para lembrarem que "é neste plano de reestruturação que reside a esperança no futuro da TAP".

Dizem ainda que este acordo "começa agora o seu caminho para a aprovação pela Comissão Europeia", acrescentando que "a TAP e os ministérios das Infraestruturas e Habitação e das Finanças tudo farão para que, no mais breve prazo e com o melhor resultado final, o mesmo possa estar concluído".

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