Concorrência avança para investigação aprofundada a fusão nos rebocadores dos portos
O regulador vai aferir se a compra da Remolcanosa Portugal pela Boluda Towage levanta problemas de concorrência no setor da rebocagem em portos marítimos.
A Autoridade da Concorrência (AdC) decidiu esta terça-feira avançar para uma investigação aprofundada à operação de compra da Remolcanosa Portugal e respetivas subsidiárias pela Boluda Towage, líder mundial nas operações de rebocagem marítima.
Em nota publicada no seu site, o regulador informa que a "operação de concentração notificada suscita sérias dúvidas, à luz dos elementos recolhidos [...] quanto à sua compatibilidade com o critério estabelecido [...] no que respeita ao mercado relevante identificado".
A Boluda, fundada em Valência, presta serviços de reboque marítimo e de amarração no Terminal PSA do porto de Sines, e faz faz transporte regular de contentores com escala nos portos de Leixões e de Setúbal.
Este ano, a empresa integrou a Mediterranean Shipping Co., passando a líder mundial em número de rebocadores, com mais de meio milhar de embarcações.
Já a galega Remolcanosa, através da subsidiária portuguesa, presta reboque marítimo nos portos de Viana do Castelo, Aveiro, Figueira da Foz, Lisboa, Setúbal, Sines e Portimão, realizando ainda reboque oceânico, que abrangem operações em alto-mar, salvamento marítimo e serviços de amarração. De acordo com a notificação, a Remolcanosa presta também serviços de mergulho profissional e de reparação naval.
A Remolcanosa tem como subsidiárias a Reboport – Sociedade Portuguesa de Reboques Marítimos, S.A., a Tinita – Transportes e Reboques Marítimos, S.A., a Multisub – Serviços de Mergulho Profissional, S.A., a Rebonave – Reboques e Assistência Naval, S.A., e a Gironave – Indústrias Metalomecânicas, Lda.
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