O concurso para a construção do metro ligeiro de superfície entre Loures e Odivelas, conhecido como linha violeta, aponta o dia 30 de maio como prazo para a entrega de propostas pelos concorrentes.

De acordo com o anúncio publicado esta quinta-feira no Jornal Oficial da União Europeia, o preço tem uma ponderação de 71% na decisão de adjudicação. Já nos critérios de qualidade das propostas, estes dividem-se entre 15% para os prazos de garantia, 10% para pontos de ataque da escavação e moldes do revestimento definitivo e 4% para a sustentabilidade. A duração da obra está estimada em 1.156 dias, devendo a nova linha estar em operação em 2029.

O Governo anunciou esta terça-feira o relançamento do novo concurso para a linha violeta com um preço-base de 600 milhões de euros – erradamente o anúncio publicado esta quinta-feira refere 60 mil milhões -, mais 150 milhões do que o primeiro concurso que acabou por ficar deserto.

O concurso destina-se à contratação da conceção e construção da infraestrutura do sistema de metro ligeiro e do reordenamento urbano envolvente, mas também ao fornecimento de 12 veículos tipo "light rail vehicle" e à prestação de serviços de manutenção da infraestrutura ferroviária e dos veículos durante três anos.

Aos 600 milhões de euros somam-se 77,5 milhões de euros destinados aos custos com expropriações e a todas as assessorias ao projeto, como a revisão de projeto e a fiscalização da obra.

O primeiro concurso, lançado em março do ano passado, teve como preço-base 450 milhões de euros mas acabou por ficar deserto depois das propostas do consórcio da Mota-Engil e da Zagope terem sido excluídas por excederem, em média, aquele valor em cerca de 46%.

No primeiro ano de operação estima-se que a procura na nova linha seja de cerca de 9,5 milhões de passageiros. A linha violeta terá cerca de 11,5 quilómetros de extensão e contará com um total de 17 estações (12 de superfície, 3 subterrâneas e 2 em trincheira).