Flixbus vai investir "o que for preciso" para ser líder
A operadora rodoviária de longa distância diz ter os meios para investir na expansão na rede e em marketing para ser líder nos “expressos” em dois ou três anos. Para este verão, os planos para chegar a 37 cidades estão a ser revistos devido às restrições que Portugal ainda aplica.
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A Flixbus, operador europeu de transporte rodoviário de longa distância que começou em 2017 a operar em Portugal, vai "investir o que for necessário" para se tornar líder no mercado dos "expressos" no país num prazo de dois a três anos, assegura, em entrevista ao Negócios, Pablo Pastega, diretor-geral da multinacional alemã para Portugal e Espanha. A FlixMobility, empresa-mãe da FlixBus e FlixTrain, concluiu em junho uma ronda de financiamento de mais de 650 milhões de dólares (cerca de 530 milhões de euros), destinados ao desenvolvimento da sua operação nos EUA, Reino Unido e Portugal. Sem avançar valores concretos sobre o que será destinado ao território nacional, Pablo Pastega assegura que um eixo da estratégia do grupo é ser líder do mercado português de expressos e "temos os meios para o conseguir". Atualmente, as linhas domésticas e internacionais da Flixbus – já apelidada de "Uber dos autocarros" – chegam a 190 cidades, ligando Portugal a Espanha, França, Luxemburgo, Alemanha e Suíça. Já na rede doméstica, na qual trabalha em parceria com cinco operadores, a intenção do grupo era passar das atuais 15 cidades para 37 este verão, mas tudo vai depender da evolução da situação pandémica. Pablo Pastega admite que esses planos vão ser revistos. O Governo em Portugal "está a alterar as medidas constantemente", lamenta o responsável pela operação ibérica, referindo-se às restrições à lotação dos veículos (de dois terços) que circulam com passageiros sentados, que atualmente, na Europa, são apenas aplicadas em Itália e Portugal. O diretor-geral salienta que a Flixbus "não recebeu ajudas do Estado ou subvenções, como outros operadores ferroviários ou companhias aéreas". "Apesar disso, mantemos o objetivo de investir. Quando e quanto depende muito destas situações que nos afetam enormemente", afirma, sublinhando que "até que acabe a pandemia não podemos estabelecer um plano claro de como, quando e a que ritmo vamos crescer".
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