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Greve está a afetar operações no Terminal XXI do Porto de Sines, diz sindicato

A greve parcial, convocada pelo SIEAP, abrange as duas primeiras e duas últimas horas de cada turno e prolonga-se até à próxima sexta-feira, totalizando uma paragem diária de 12 horas no Terminal XXI do Porto de Sines.

DR
19:17

A greve parcial dos trabalhadores da PSA Sines e Labor Sines, que arrancou esta segunda-feira no Terminal XXI do Porto de Sines, no distrito de Setúbal, está a afetar "cerca de 50% das operações", segundo fonte sindical.

De acordo com os dados preliminares, referentes aos primeiros dois turnos, a adesão à greve "está a afetar cerca de 50% das operações", ou seja "das 12 gruas a operar, seis estão paradas", disse o secretário-geral do Sindicato das Indústrias, Energia, Serviços e Águas de Portugal (SIEAP), Cláudio Santiago.

Em declarações à agência Lusa, o dirigente sindical sublinhou "a mobilização significativa dos trabalhadores".

"Gostaríamos que fosse mais elevada, mas sabemos perfeitamente que as greves são momentos dinâmicos e a adesão pode variar. Mesmo assim há uma mobilização significativa que dá visibilidade às reivindicações dos trabalhadores", realçou.

A greve parcial, convocada pelo SIEAP, abrange as duas primeiras e duas últimas horas de cada turno e prolonga-se até à próxima sexta-feira, totalizando uma paragem diária de 12 horas no Terminal XXI do Porto de Sines.

Este período de greve -- a terceira paralisação convocada desde maio -, tem como objetivo reivindicar a melhoria das condições laborais, como a evolução das carreiras e o horário de trabalho.

"Esta greve é uma consequência direta das decisões unilaterais que são tomadas pela administração da empresa", nomeadamente "a questão dos horários de trabalho, que foram alterados sem qualquer aviso prévio e a quebra de compromissos ao cessar o acordo que garantia as progressões nas carreiras", argumentou.

Segundo o dirigente sindical, durante este período de paralisação, os trabalhadores vão continuar a aguardar que a administração da PSA Sines "possa demonstrar que tem abertura para o diálogo".

"Queremos uma greve que alerte para estas questões e que possa abrir portas a uma real negociação e, acima de tudo, encontrarmos pontos comuns para ultrapassar essas dificuldades", reiterou.

No início deste mês, em comunicado, a diretora-geral da PSA Sines, Nichola Silveira, manifestou preocupação em relação a esta greve parcial, admitindo que "poderá afetar a operação portuária" do maior terminal de contentores do país.

Segundo Nichola Silveira, citada no comunicado, a operação portuária poderá ser afetada "devido à perda de movimentos, à confiança dos clientes e à sustentabilidade a longo prazo de muitos postos de trabalho".

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