Telpark vai expandir rede de carregamentos elétricos após novas regras
A operadora de parques de estacionamento indica que irá reforçar em 60% a sua rede de carregamento de veículos elétricos em Portugal.
A Telpark prepara-se para apostar forte na sua rede de carregamento para veículos elétricos no próximo ano. A operadora de parques de estacionamento assinala que o plano de expansão surge após as novas regras para o setor recentemente aprovadas. O valor do investimento não foi revelado.
A empresa liderada por Pedro Agapito pretende aumentar "em cerca de 60%" os pontos de carregamento em todo o país, para 477. Lisboa concentrará mais de dois terços dos pontos de carregamento da Telpark, estimando-se um reforço de 50% para 338, dos quais 43 de carregamento rápido.
“A nova lei é uma oportunidade para acelerar ainda mais a mobilidade elétrica em Portugal, e permite que a Telpark expanda a sua oferta de soluções de 'park&charge' integradas na aplicação e responder às necessidades atuais e futuras dos utilizadores de veículos elétricos. Estamos já a fazer dos nossos estacionamentos um motor desta transformação", afirma Chema García-Hoz, diretor de EV da Telpark, citado no comunicado.
Em 2025, indica ainda a Telpark, 125 mil carregamentos de carros elétricos terão sido feitos na sua rede em Portugal, sendo que 105 mil foram em Lisboa, onde a empresa detém 27 parques de estacionamento integrados na rede de carregamento elétrico.
O grupo australiano Macquarie iniciou recentemente o processo de venda da Empark, que opera sob o nome Telpark, avaliando a empresa em mais de dois mil milhões de euros, incluindo dívida. A Empark foi comprada em 2017 pela Macquarie por cerca de mil milhões de euros.
EQT, KKR, Partners Group e Stonepeak estão entre os interessados na aquisição da empresa, segundo o jornal espanhol Expansión.
A Telpark gere atualmente mais de 335.900 vagas de estacionamento em mais de 150 cidades de Espanha e Portugal. Nos primeiros nove meses deste ano as receitas ajustadas cresceram 11% para 171,7 milhões de euros, tendo o EBITDA ajustado alcançado os 90,6 milhões de euros, uma subida de 14,6%, com uma margem EBITDA de 52,8%.
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