Belgas vão investir 18 milhões num novo hotel de 11 pisos com vistas sobre o Porto
"Quem vem e atravessa o rio, junto à Serra do Pilar", com o belo Jardim do Morro à direita, em Gaia, vai encontrar, lá para finais de 2023, um novo hotel chamado JAM Porto.
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"O loteamento foi aprovado [pela autarquia] no final de dezembro passado. Prevemos arrancar com a sua construção em abril. Será uma obra para durar cerca de 18 meses", adiantou ao Negócios o responsável em Portugal do Nelson Group, o grupo belga que também está a erguer um hostel da sua marca própria JAM em Lisboa.
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"O JAM Porto, um hotel três estrelas, irá ter, em princípio, 130 quartos e aproximadamente 30 camas, num edifício com 11 pisos - e não 12, como aparece nas imagens iniciais do projeto -, com cerca de sete mil metros quadrados de área de construção", revelou Carlos Morgado.
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O investimento total no JAM Porto "rondará os 18 milhões de euros", valor que inclui os "3,2 milhões de euros" que o Nelson Group desembolsou na compra do terreno, em 2018.
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O futuro hotel do Nelson Group em Gaia também irá querer "incluir-se no panorama artístico da cidade", com a oferta de estúdios para artistas.
"O hotel está concebido para ter uma residência artística no piso térreo, com meia dúzia de estúdios, pelo menos, onde os artistas irão poder residir e trabalhar, durante 15 dias ou um mês, ainda não está definido", contou o responsável do grupo promotor.
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"De acordo com o programa que iremos lançar, que será dirigido a artistas portugueses e estrangeiros, em regime de rotação, a ideia passa por ver os artistas produzir e vender a sua arte aqui mesmo, chamando pessoas de fora… enfim, que não sejam apenas os hóspedes", explicou Morgado.
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Contra pagamento: "O que ambicionamos é que cada artista doe ao hotel uma das peças que tenha produzido durante esse período."
Carlos Morgado garantiu ainda que, à semelhança do JAM Lisbon, o de Gaia será um "hotel passivo", explicando que um edifício passivo "é um tipo de edificação que combina, de uma forma substancialmente otimizada, conforto térmico, qualidade do ar interior e baixo consumo de energia, sem variações sensíveis no valor do investimento inicial. A diferença está no detalhe e no cuidado com que se concebe, projeta e executa o edifício", justificou.
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Quando comparado com um edifício normal, afiançou, o passivo "permite poupanças energéticas de até cerca de 85%".
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Entretanto, o Nelson Group decidiu pôr à venda, "por 1,7 milhões de euros", um projeto a edificar junto ao futuro JAM Porto. Com frente para a Avenida da República, num terreno com 980 metros quadrados, é composto por cave para estacionamento – três pisos abaixo da cota da soleira – e quatro pisos acima, estando prevista a construção de 40 apartamentos, com T1 como tipologia predominante.
"Construir habitação para vender não é algo que interesse à empresa. Isso já foi imensamente discutido. O [CEO] Jean-Paul não gosta da ideia", sinalizou o representante do Nelson Group no nosso país.
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